Advogado julgado em Santa Maria também é acusado de assassinato em São Leopoldo

Carlos Augusto Santos da Rocha alega legítima defesa em ambos os homicídiosadvogado

Carlos Augusto Santos da Rocha, 57 anos, que está sendo julgado por homicídio qualificado em Santa Maria nesta quinta-feira, também é réu em outro assassinato, em São Leopoldo. Em ambos os crimes, o advogado alega legítima defesa.

O crime em Santa Maria ocorreu em 14 de junho de 2010, quando Claudison Cristiano Chagas Berens, 34 anos, fechava o seu bar, o Maza Central 24 Horas, no subsolo do Clube Caixeiral, na Rua Alberto Pasqualini. Ele morreu cinco dias depois. De acordo com a acusação, Rocha matou a vítima porque ficou devendo R$ 20,75 no bar e pagou R$ 20. A vítima teria cobrado os R$ 0,75 da diferença. Rocha teria saído do local e ido pegar uma arma, atirando contra o comerciante.

Um grupo de cerca de 10 pessoas, formado por familiares e amigos do comerciante, acompanha a sessão do júri popular do homicídio no Fórum de Santa Maria vestindo camisetas e carregando faixas que pedem justiça pelo crime.

Seriam ouvidas sete testemunhas, sendo quatro indicadas pela acusação e três pela defesa. Porém, a defesa (feita pelo próprio réu, que é advogado) alegou que as testemunhas de acusação foram indicadas fora do prazo. O juiz acatou a argumentação. Com isso, apenas as três testemunhas de defesa foram ouvidas.

Já em São Leopoldo, o crime ocorreu em 2005. Rocha e outros dois homens são acusados pela morte de Luiz Amato Filho. De acordo com Rocha, o homem teria se envolvido em uma briga com eles e caído sobre a própria faca que usava.

Por conta da acusação do homicídio em Santa Maria, o Ministério Público de São Leopoldo chegou a pedir, em 2011, que o advogado fosse preso preventivamente até a sentença. Porém, como não havia sala especial necessária para a sua prisão em São Gabriel, onde ele estava morando, foi decretada a prisão domiciliar.

Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA