Cheia tira 3,3 mil pessoas de casa na Fronteira Oeste do RS

Rio Uruguai está baixando em São Borja, mas atinge Uruguaiana e Itaqui.
Previsão de mais chuva para a região preocupa a Defesa Civil do estado.

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A cheia do Rio Uruguai já deixa 3,3 mil pessoas fora de casa na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Muitas famílias ainda nem se recuperaram da última enchente, em junho deste ano. A previsão de mais chuva para a região preocupa a Defesa Civil.
Em São Borja, um dos municípios atingidos, o rio está baixando. No entanto, 300 pessoas ainda permanecem em abrigos ou casas de amigos. Mas a água escoa e complica a vida de quem mora nos municípios de Uruguaiana e Itaqui, na mesma região.

Em Itaqui, o rio já estabilizou, mas são pelo menos 1,8 mil pessoas que estão fora de casa. Uma das famílias desabrigadas improvisou e está vivendo na carreta de um caminhão. “Só o mínimo tu tens que carregar, o mínimo dos mínimos”, diz a técnica em enfermagem Joselma Romero de Almeida.
O cais do porto de Itaqui está debaixo d’agua e o serviço de balsa que faz travessia para a cidade de Alvear, na Argentina, segue suspenso. Cerca de 100 casas volantes, como são chamadas as residências móveis, tiveram que ser transportadas para lugares mais altos.
A situação é mais complicada é Uruguaiana, onde a chuva parou, mas a água inundou sete bairros da cidade. Ao menos 1,2 mil foram afetadas. “Eu perdi tudo, recém acabaram de tirar, e a água tá aí de novo”, desabafa a dona de casa Cinara Severo, que precisou sair de casa duas vezes em menos de dois meses por causa das chuvas.
A previsão da Defesa Civil é de que o nível do rio só comece a voltar ao normal no fim de semana. “O retorno dessas famílias deverá ser com calma, para higienizar bem as residências, limpar. A Defesa Civil, a prefeitura e o Exército estão dando apoio”, sustenta Paulo Woutheres.
Na quarta-feira (8), pode voltar a chover em parte da Campanha e na Fronteira Oeste. As pancadas de chuva devem ocorrer a partir da tarde, segundo a previsão dos meteorologistas. A situação, que pode aumentar o drama de desabrigados, deixa a Defesa Civil em alerta.
Fonte: G1