Desde sua Interdição, na última quinta-feira(08), pelos riscos que oferece devido às fissuras e corrosão dos seus centenários pilares de sustentação, o Decreto assinado pelo prefeito Eramo silva, não está sendo levado a sério por um contingente da população. Durante esses dias de bloqueio da travessia, a Guarda Municipal só faltou erguer um muro nas cabeceiras da ponte. Desde cavalete, pedras e poste, nada detém o ímpeto de muitas pessoas em desafiar o perigo e infringir uma lei. Sim, porque um Decreto Lei, enquanto vigorar, é lei. E outra constatação da fiscalização é que muitas pessoas que contrariam a determinação, não precisam atravessar a ponte porque moram deste ou daquele lado, estão ali para fazer fotos da enchente. Tomar chimarrão, namorar e fazer selfies na guarda da ponte, e, o mais estarrecedor- famílias com crianças passeando ali, como se estivessem numa área de lazer.
Muitos hão de pensar, mas cinco ou dez pessoas não vão fazer diferença, é menos de uma tonelada, e esse peso não vai derrubar a ponte. Se ela cair, será porque tinha que cair. Mas, a questão não é só uma eventual fatalidade dessas.
É claro que, pela lei natural das probabilidades, isso é pouco provável que ocorra, mas em Cachoeira do Sul, uma ponte que estava numa situação semelhante, caiu com muitas pessoas curiosas em cima. A tragédia ocorreu há poucos anos. O que devemos ter muito presente, é que essas atitudes que afrontam normas, não são um bom exemplo para ninguém. Especialmente para as crianças que estiveram ali. Como explicar para elas que, mesmo com a proibição da passagem de pessoas, elas estavam ali. O que dizer quando elas se depararem com outras situações em que não devem descumprir uma norma? Ah,e não vale o argumento de que tem tanta coisa errada, que o correto era ter construído uma ponte nova e que a cidade tem buracos. E que tem corrupção por toda a parte e que no Brasil tudo é assim. Não. Não é assim. Um erro não justifica outro, ou outros.
Fotos: Alerrandro Lopes
e receba os alertas de notícias em nosso grupo exclusivo! É de graça.