Rio Grande do Sul precisa ficar em alerta sobre uma possível seca prolongada

Diretor da Corsan diz que é preciso ser cauteloso e aplicar as medidas de modo a prevenir crises

O agravamento da crise hídrica no Sudeste faz o Rio Grande do Sul se perguntar se está preparado para enfrentar uma seca prolongada. O diretor-presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Flávio Ferreira Presser, observa que os problemas envolvendo saneamento básico nos municípios gaúchos estão mapeados. Mesmo com condições climáticas favoráveis neste verão — nas primeiras semanas de 2015 já choveu mais do que a média dos últimos 30 anos no período (dados do Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres) –, Presser diz que é preciso ser cauteloso e aplicar as medidas de modo a prevenir crises. “Sempre digo que acabou o longo prazo. As obras teriam que ser realizadas de forma urgente, porque lá na frente a falta delas pode ser um grande estorvo.”

Para o diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), André Luiz Lopes da Silveira, Porto Alegre dificilmente correria risco de crise de água, porque possui o Guaíba, um imenso reservatório natural. Em contrapartida, avalia que muitas outras localidades podem ter problemas hídricos por se abastecerem de pequenos mananciais poluídos, como os rios Gravataí e dos Sinos.

Fonte: Correio do Povo