Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Alegrete ainda não receberam reajuste

As negociações de acordos coletivos para trabalhadores de frigoríficos, padarias, engenhos e laticínios não apresentam evolução

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Até o momento, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Alegrete, Bagé e Região não conseguem efetivar os acordos coletivos para os empregados do Marfrig Group, de Alegrete, Bagé e Hulha Negra. A proposta para trabalhadores de padarias, engenhos, indústria de laticínios, pequenos frigoríficos e outros também não tiveram avanços significativos nas últimas semanas.
A data-base de ambos os segmentos é 1º de junho. O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, avalia que os poucos avanços nas negociações ainda estão muito aquém das necessidades dos trabalhadores.
Conforme Cabral, outras categorias pelo Rio Grande do Sul têm obtido maior sucesso na hora de estabelecer as cláusulas, especialmente do reajuste salarial. “Até parece que os trabalhadores da região são diferentes em relação aos demais”. Estamos com dificuldades para obter melhorias para as categorias, ressalta.
Ainda não há uma data estabelecida para uma nova rodada de negociações. Em relação aos trabalhadores do Marfrig, a expectativa é que na próxima semana seja realizado um encontro em Bagé, reunindo ainda dirigentes sindicais de Alegrete e São Gabriel, já que os empregados das unidades do Marfrig naqueles municípios também aguardam o desfecho das negociações.
Já em relação ao setor de padarias, engenhos, laticínios, pequenos frigoríficos e outros, não há previsão para um novo encontro com a classe patronal. “As negociações estão difíceis, mas vamos seguir lutando para que os trabalhadores tenham melhorias”, pondera o presidente Marcos Rosse, do Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação em Alegrete.
Reivindicação
De acordo com o presidente da entidade sindical local as cláusulas estão definidas e repassadas as empresas. Ele salienta que algumas antecipam parte do reajuste e outras somente vão pagar quando for assinado o documento de protocolo.
As condições definidas pelo processo de negociação do ano de 2014:
Reajuste salarial: 7,82% (sete vírgula oitenta e dois por cento) para a data-base maio de 2014 e 8,08 (oito vírgula zero oito por cento) para a data-base de junho de 2014;
Para o setor Trigo o reajuste será de 7,22% (sete vírgula vinte e dois por cento) para a data-base maio de 2014 e 7,48% (sete virgula quarenta e oito por cento) para a data-base de junho de 2014;
O piso salarial de  ingresso será de R$ 908,12  (novecentos  e  oito  reais  e  doze  centavos), nas data-base de maio e junho, com piso salarial normativo.
Para todos os efeitos aplicável a partir de 60 dias após o piso de ingresso, de R$ 960,00 (novecentos e sessenta reais), para as data-base maio e junho de 2014;
R$ 1.000,00 (hum mil reais) Para os setores Arroz e Laticínios para com data-base maio e junho de 2014;
O auxilio escolar:R$442,00 (quatrocentos e quarenta e dois reais), com valor máximo.
Eventuais diferenças serão corrigidas na folha de  pagamento do mês de julho, ou em até 30 (trinta) dias após a assinatura do presentes no protocolo.
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