Uso de novas tecnologias é realidade e desafio para professores

A troca de livros por tablets é cada vez mais comum em escolas particulares

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Alunos ansiosos no primeiro dia de aulas. Ansiosos pelo reencontro com os colegas e pelas lições que irão aprender neste ano. Foi assim na maior parte das escolas privadas de Santa Maria nesta quarta-feira. No retorno das aulas, não são só os estudantes têm desafios. Os professores e os pais também.

Em tempos em que novas tecnologias surgem a cada dia, os livros estão sendo trocados por arquivos digitais, e o giz e o quadro-negro perdendo lugar para telas interativas. Mas em meio a tantas novidades, é preciso saber como lidar com elas.

– É um processo evolutivo. A tecnologia traz formas diversificadas de disponibilizar a informação. No livro, a informação é estática, já com uso de tecnologias, ela é dinâmica. Daqui a um tempo, poderemos ter conteúdos unicamente digitais – acredita  a pedagoga Greice Scremin, professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Franciscano (Unifra).

Ao mesmo tempo em que acredita ser um caminho sem volta, a especialista defende que é preciso ter limites. E os pais são fundamentais nesse processo:

– As crianças têm acesso a tecnologia em casa. Os pais precisam ser aliados para incentivar cada vez mais o uso da tecnologia para educação, e não somente para o entretenimento – alerta a pedagoga, referindo-se a jogos.

Laboratório de tablets

Um dos exemplos de escola que está investindo em tecnologia é o Colégio Fátima. O laboratório de informática já não é tão procurado. A atração é outra sala, onde os computadores deram lugar aos tablets. Os alunos do Ensino Médio ainda podem optar por levar o seu próprio tablet, desde que cadastrem o IP do equipamento em uma central da escola. A ideia é evitar que eles acessem sites não recomendados no período de aula.

A partir do 6º ano do Ensino Fundamental, a lousa eletrônica é usada para despertar o interesse de alunos e professores, que passam por treinamentos para ajudar a dominar a tecnologia.
O mesmo tipo de lousa é usada nas salas de aula do Colégio Marista Santa Maria. Os mapas são interativos e, ao invés de uma imagem estática do livro, os alunos aprendem com vídeos e documentários.

– É uma maneira mais lúdica. Os alunos ficam mais motivados com uma ferramenta que permite animação e som, até porque a criança de hoje já está conectada – defende a professora do 4º ano, Leonara Lavarda Faccim.

 

Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA