
O PAT esteve no Setor dos Vetores para uma entrevista com Luciana Rossi, coordenadora do serviço.
“Nós estamos com um caso positivo que é importado. A pessoa fez o teste em Pantano Grande. Está bem e não é contagioso. Mesmo assim, os agentes vão a campo e realizam uma varredura. Isso acontece nos casos notificados também” – comentou.
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A preocupação com os “importados” é em relação ao período de transmissão. Se as pessoas retornam para os bairros onde moram durante a viremia, no caso de picadas, transmitem o vírus para os mosquitos, os infectando, gerando o ciclo de transmissão autóctone. Por isso é muito importante que esses deslocamentos e início dos sintomas sejam passados para os profissionais da saúde.
O mosquito da dengue, também transmissor da zika e da chikungunya, demora cerca de dez dias para se desenvolver do ovo à forma adulta, e para que isso não aconteça uma vez por semana os locais precisam ser vistoriados e os focos com água parada eliminados, ou seja, reservatórios de água devem estar devidamente cobertos, pratos e vasos de plantas podem ser utilizados somente com areia e bebedouros de pets precisam ser lavados com água e sabão pelo menos uma vez a cada sete dias.
Essas orientações e inspeções não ocorrem somente nas ações de bloqueio ao mosquito. Visitas casa a casa são realizadas constantemente como medida de prevenção, das quais também participam os agentes comunitários de saúde, que, além dos locais e objetos já citados, verificam ralos, calhas e até atrás de geladeiras, onde está localizada a bandeja de degelo, para eliminar os focos de água parada.
A fim de que os casos de dengue não avancem na cidade, o Setor dos Vetores pede a colaboração da população para que mantenha seu quintal limpo e receba os profissionais de saúde, que trabalham devidamente uniformizados e identificados.
Luciana pontua que há um Comitê Arbovirose composto por integrantes da sociedade como: UABA, Exército Brasileiro, Bombeiros, Secretarias do Município e demais pessoas que estão atuante no combate às doenças relacionadas(dengue, zika, chikungunya).








Há mais de 15 anos se trabalha na prevenção, contudo, a população ainda não tem a cultura dos cuidados contra a dengue. Luciana lembra também, que há dois Decretos vigentes no Município, um deles que responsabiliza os moradores devido a sujeira extrema nos pátios e o outro relacionado ao Comitê Municipal de Enfrentamento a Dengue, que não permite alguns vasos ou recipientes que flores são armazenadas e deixadas no cemitério.
“As ações estão bem atuantes, assim como, o Ministério Público, exemplo foi a retirada de toneladas de lixo e entulhos de uma residência, neste ano, na rua Tamandaré – destacou.
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Outra ação que está sendo desenvolvida é a orientação nas escolas e com os responsáveis por floriculturas e funerárias.
Para encerrar a coordenadora do setor de vetores ponderou que, no ano de 2021 – foram 802 focos eliminados, nenhum notificado ou positivo. No ano de 2022, foram 386 focos eliminados, 10 casos notificados, dois casos confirmados positivos(importados) e um caso de leptospirose. Já neste ano, em menos de três meses há 102 focos eliminados, 15 notificados e um caso positivo(importado).
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A 10ª CRS que corresponde a Alegrete, Barra do Quaraí, Itaqui, Maçambará, Manoel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, Santa Margarida do Sul, Santana do Livramento, São Gabriel e Uruguaiana, está em alerta de risco máximo para a Dengue.
O mosquito transmissor do vírus da dengue se reproduz em ambiente de água parada (limpa ou suja), onde os ovos são depositados. Por isso, é fundamental tampar objetos reservatórios, como caixas d’água, potes, tonéis, pneus, vasos, ralos, entre outros. Luciana também, destacou que não há uma região ou outra, o Município está infestado.


