
Um vídeo postado nas redes sociais está causando indignação em muitas pessoas. Conforme informações que a reportagem apurou, o fato teria ocorrido no final de semana.
Na imagem, um jovem dependente químico promove uma cena de completa desorientação. Quem filma o incentiva a inalar um produto que, segundo a postagem, seria veneno para baratas. O indivíduo pergunta ao dependente químico se ele seria corajoso a ponto de inalar o produto.
O homem que está filmando o desafia. Desta forma, o rapaz pede pra sentar, pois alega que não consegue fazer a inalação em pé. Ao sentar, começa ingerir o que supostamente é o veneno e, o homem segue o incentivando. Logo em seguida ouve-se outras vozes de homens que pedem para que o rapaz pare de inalar o veneno. Depois de alguns minutos, ele para e é perceptível ver que a boca do homem está com uma espuma branca. O vídeo é concluído no momento em que o rapaz começa a tossir.
Em contato com a psicóloga e coordenadora da Saúde Mental de Alegrete, Nádia Mileto, ela destacou que já havia um pedido de internação para o rapaz que é dependente químico. Entretanto, ficou horrorizada com o que se vê no vídeo.
A reportagem salienta que não há comprovação de que ele tenha realmente inalado veneno, mas isto é o que aparece nas imagens e é o registra o áudio do vídeo. Uma cena lamentável pelo ato em si, pelo incentivo de quem filmou e pela veiculação do vídeo nas redes sociais.
“Tu não imaginas o que vimos e ouvimos nestes 44 dias de Abrigo Temporário da pandemia. Eu tenho comigo um spray de matar bixeiras que conseguimos tirar de um dos dependentes, porque tinha escondido embaixo do colchão quando dormiu algumas noites no nosso abrigo. É muito triste o desespero da dependência.” – disse a psicóloga.
Não há informações de quem seria o autor do vídeo, tampouco quem é o responsável por incentivar uma pessoa doente a realizar tamanha atrocidade contra a própria vida. O PAT não vai expor o vídeo, apenas o print de algumas passagens sem identificar os envolvidos.
Já em contato com o Delegado Valeriano Neto, ele informou que a pessoa, que incentivou, se identificada, pode ser responsabilizada pelo crime de incentivo ao suicídio.
Flaviane Antolini Favero