A preço de ouro

A primavera chuvosa e também a ação de defensivos agrícolas, principalmente nas lavouras de soja, as principais causas apontadas para o desaparecimento de quase 250 mil colmeias no Rio Grande do Sul no ano passado — o que equivale a uma mortandade de quase 50% do total.O preço do mel elevou-se devido a falta de produção no município.  
Em anos considerados normais, a taxa de mortalidade aceitável é de até 15%. O percentual superior registrado no Estado é atribuído por especialistas ao excesso de umidade e ao crescente uso de agroquímicos nas lavouras.

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Em Alegrete, a produção está em torno de 80 toneladas ano sendo que 50 toneladas são colhidas até novembro, no final da primavera de acordo com o técnico em agropecuária, Heldo Hiran.
Devido aos fatores climáticos, no final de 2014 a estimativa de produção não alcançou cinco toneladas  Neste ano o produto está caro e consumidor pode comprar um quilo de mel por cerca de R$18,00.
A esperança dos apicultores da região é que a chuva de uma trégua, nos próximos meses, quando entra a florada de eucaliptos com boa fonte de néctar, equilibrando assim a produção de mel até abril deste ano em Alegrete.

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Maior produtor brasileiro de mel, o Estado do RS foi drasticamente afetado pela redução da colônia de insetos. A frustração nos apiários em Alegrete não é diferente, ressalta Heldo, pois houve queda de 90% da produção de mel e não há captura de enxames. Isso é um alerta sobre o risco de despovoamento das abelhas, responsáveis por boa parte da polinização necessária para diferentes culturas agrícolas, explica o técnico.