
Um ano e quatro meses após o assassinato de Júlio Alves Nunes, de 34 anos, conhecido como Pai Maninho, aconteceu a primeira audiência do caso, na Comarca de Alegrete.
A reportagem tentou informações sobre o caso, mas foi informada, que o processo ainda está em andamento e não poderia ser repassado mais detalhes. A audiência de instrução e julgamento ocorreu com a presença dos dois réus, acusados do crime que aconteceu em março do ano passado. Além das testemunhas, advogados e Ministério Público. Com início previsto para às 15h, a audiência teve duração de mais de duas e meia. O juiz, foi o titular da Comarca de São Francisco de Assis, que atua na Vara Criminal da Comarca de Alegrete, Tomas Silveira Martins Hartmann.

Os dois réus foram apontados como acusados através da investigação da Polícia Civil de Alegrete, setor de investigação. O homem, de 25 anos, é responsável por pilotar a moto no dia do crime e foi preso na Avenida Tiaraju em novembro do ano passado. Em depoimento, ele alegou aos policiais que estaria realizando trabalho como motofretista. Já o acusado de ser o autor, tem 42 anos e possui uma extensa ficha criminal. Ele estava preso no Presídio de São Borja. A motivação do crime, nunca foi divulgada e, segundo familiares da vítima, é o grande questionamento de todos. Uma das tias do Pai Maninho disse que nada se comprovou, mas acredita que a Justiça será feita.
Relembre o crime:
Pai Maninho era reconhecido pelo Templo religioso Reino de Ogum Onira, que existe há 12 anos. O religioso estava dormindo quando o autor chegou no portão e pediu para falar com ele. Como já o tinha procurado há cerca de uma semana, Pai Maninho foi chamado e dirigiu-se ao encontro do homem. Ele que falava no celular, concluiu a conversa e abriu o portão. Nesse momento, foi surpreendido pelos disparos. Foram dois tiros à queima roupa no lado esquerdo da cabeça. A ambulância dos Bombeiros chegou a socorrê-lo, mas ele não resistiu e morreu na Santa Casa de Alegrete. O homicídio foi por volta das 19h do dia 23 de março de 2018. O autor fugiu a pé em direção à Avenida Eurípedes Brasil Milano. Testemunhas visualizaram dois veículos suspeitos, uma moto Fan preta e um Chevette de cor clara. Um amigo, da vítima, falou à reportagem que há um mês, mais ou menos, ele estava recebendo ameaças. Muitas discussões eram através de redes sociais.”Sei que ele estava muito preocupado com algumas coisas, mas ao mesmo tempo não se preveniu o suficiente. Pai Maninho também foi responsável por eventos beneficentes, como o projeto social que contemplou pacientes dos asilos e Santa Casa de Alegrete.”
Flaviane Antolini Favero