Jovem de 17 anos deve cumprir medida socioeducativa na Fase. Ataque aconteceu em agosto deste ano. Adolescente tentou atacar estudantes com uma machadinha.
O adolescente apreendido após atacar estudantes do Instituto Estadual Educacional Assis Chateaubriand, em Charqueadas, a 55 km de Porto Alegre, no fim de agosto, foi internado em definitivo. Ele segue na Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), com medida socioeducativa de internação em caráter definitivo, segundo decisão da Justiça no dia 3 de outubro.
O jovem, que tem 17 anos, será reavaliado periodicamente pela equipe da Fase para determinar a manutenção da necessidade de internação. A medida socioeducativa tem prazo de três anos, de acordo com o artigo 124 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Procedimento de Adolescente Infrator foi entregue à Promotoria da Infância e da Juventude de Charqueadas logo que aconteceu o fato, em 21 de agosto de 2019. O Ministério Público (MP-RS) ofereceu representação pelos atos infracionais e sugeriu a internação provisória do adolescente, que tinha validade por 45 dias.
No inquérito da Polícia Civil, foram ouvidos o adolescente, seus pais, as vítimas e testemunhas de acusação e de defesa. A polícia decidiu responsabilizar o agressor por ato infracional análogo a tentativa de homicídio de 22 pessoas.
Três dias antes do prazo da internação provisória, a Justiça julgou procedente a representação do MP-RS, e o adolescente segue na Fase em caráter definitivo.

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Relembre o caso
O ataque aconteceu no início da tarde de 21 de agosto. O ex-aluno arremessou para o pátio do colégio um coquetel molotov – que não chegou a explodir -, entrou em uma das salas e atingiu estudantes com uma machadinha. Seis estudantes precisaram de atendimento médico, nenhum com gravidade.
O adolescente foi encontrado no mesmo dia e internado, por representação do Ministério Público. Segundo o delegado Marco Aurélio Schalmes, o crime ocorreu por motivo fútil com utilização de instrumento explosivo e meio que dificultou a defesa das 22 vítimas: 21 alunos da turma do 7º ano do Ensino Fundamental e o professor de geografia que dava aula no momento das agressões. O adolescente relatou à polícia que procurava por um desafeto, que estudaria no local.
O agressor foi aluno da escola Assis Chateaubriand até 2015.
Fonte: G1