O advogado Rafael Faraco de Souza que entrou com ação em nome de Moacir Senew,dono da égua Bionda, solicitando a suspensão do sacrifício do animal, até que se faça um exame que ateste com precisão se ela tem ou não mormo, falou com a imprensa no dia 28 de setembro.
Ele também se baseou num questionamento do Ministério Público Federal ao MAPA, que indaga: … “haveria uma falsa epidemia de mormo no Brasil, tendo em vista que os laboratórios não possuem certificação técnica para a realização dos mesmos?”…
O assunto foi levantado pelo vereador Zé Paulo que se aprofundou no assunto. Durante uma madrugada, leu dezenas de artigos e assistiu muitos vídeos na internet. Localizou em São Paulo, o Dr. Werner Riekes, uma sumidade na pesquisa da doença no país.
-Não poderíamos enterrar esta dúvida. Queremos um exame que ateste com precisão se a égua tem a doença, que criou toda este envolvimento, medo das pessoas e, por fim a comoção com o caso Bionda, pondera Zé Paulo.
Na coletiva, o advogado esclareceu que conversando com Riekes ele afirmou que o exame de maleína é arcaico (criado em 1890) e inconclusivo, totalmente subjetivo. Inclusive estudos da Universidade de Brasilia- UNB atestam sua total ineficiência. Para comprovar se o animal tem a bactéria do mormo só o exame de PCR que é feito em um laboratório do Texas, nos Estados Unidos. Este, analisa o DNA do animal, salientou Faraco.
O exame custa 800 reais e muitos já manifestaram que vão ajudar a família, de Alegrete, a pagar o custo. Rafael informa que, de acordo com a liminar concedida pela juíza Mariana Wachter Gonçalves eles tem 15 dias para a coleta de material, o envio daqui para São de Paulo e de lá para o Texas.
Um dado interessante passado do pelo Dr Riekes é de que em 97.75% se o animal tem a bactéria do mormo ela é letal em 15 a 20 dias. E existem apenas cinco casos de pessoas com mormo no mundo.
Além disso, existem 48 cepas da bactéria do mormo e sete são idênticas,portanto só a análise do DNA do animal para atestar 100%.
O kit vem lacrado e a coleta será feita por um veterinário com acompanhamento de outro profissional da saúde animal do Estado. O resultado vem em inglês e a interpretação do exame, segundo Rafael Faraco de Souza, será feita por um tradutor juramentado.