
Foi sancionada nesta segunda-feira (28) a Lei nº 15.128, de 28 de abril de 2025, que confere ao município de Alegrete, no Estado do Rio Grande do Sul, o título de Capital Nacional da Linguiça Tradicional Campeira. A norma foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após aprovação no Congresso Nacional, destacando o protagonismo do município na preservação e promoção da cultura alimentar campeira.
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A conquista do reconhecimento nacional sucede a titulação estadual recebida em 2022, quando Alegrete foi declarado Capital Estadual da Linguiça Campeira, a partir de iniciativa do deputado estadual Luís Marenco (PDT). O projeto, à época, contou com o empenho do vereador Rudi Pinto e do assessor Júlio Rocha, que contribuíram para consolidar a valorização desse patrimônio gastronômico.
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O avanço para a esfera federal se deu com a tramitação do Projeto de Lei 2314/23, de autoria do deputado federal Afonso Motta, aprovado por unanimidade na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal em 18 de março de 2025. A nova lei entra em vigor na data de sua publicação, reforçando a vocação cultural e produtiva da cidade.
Alegrete abriga atualmente mais de 30 agroindústrias especializadas na produção de linguiça tradicional campeira, oferecendo mais de 40 variações de sabores, que vão desde as receitas clássicas até criações contemporâneas baseadas em insumos locais. A produção anual da iguaria ultrapassa as 500 toneladas, número que evidencia a relevância econômica e simbólica do produto para a cidade.
O título de Capital Nacional reconhece não apenas a produção em escala, mas também a tradição centenária da charqueada e da cultura campeira, profundamente enraizada no cotidiano alegretense. O novo status projeta Alegrete no cenário nacional como um destino gastronômico e turístico, com potencial para ampliar oportunidades de negócios e fortalecer cadeias produtivas locais.
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Além do impacto econômico, o reconhecimento agrega valor cultural à cidade e reforça o papel da gastronomia como elemento de identidade regional. A linguiça campeira, preparada artesanalmente com carnes selecionadas e temperos típicos, tornou-se um símbolo da herança rural do Pampa gaúcho, sendo presença constante em feiras, rodeios e celebrações familiares.