
Com a chegada do inverno, muitas famílias carentes de Alegrete necessitam de roupas, calçados e agasalhos para se aquecerem do frio, que muitas vezes é muito intenso. Porém, mesmo com esse auxílio, em determinados casos muitas famílias ainda passam frio, pois as casas de madeira apresentam frestas ou buracos que permitem a passagem do ar gelado.

E, dessa forma, as jovens universitárias Maria Eduarda Zanotti Pierezan e Ana Luiza Freitas Gonçalves idealizadoras do Projeto Alegrete Sem Frestas, já concluíram o primeiro trabalho este ano. Uma ação que conta com muitas outras pessoas, entre estudantes, professores e coordenadores.

Usando caixinhas de leite e muita boa vontade, as alunas e voluntários do Alegrete sem Frestas forram casas de madeira. O objetivo é concluir mais duas ou três neste segundo semestre. Ao invés de irem para o lixo, caixas de leite, de sucos ou de iogurtes, vão parar nas paredes de madeira dos lares de famílias carentes do Município. Esse é um projeto que demonstra a importância da população realizar de forma correta o descarte dos materiais recicláveis. As caixas de leite são compostas por seis camadas, segundo a Tetra Pak, empresa criadora desse tipo de envase. De fora para dentro, há uma camada de plástico, uma de papelão, outra camada de plástico, uma de alumínio e, por fim, mais duas folhas de plástico. Essas características tornam as caixinhas impermeáveis e fazem delas um ótimo isolante térmico.

A coleta é realizada na Unipampa, entretanto, Maria Eduarda destaca que a maioria das caixas são muito sujas, o processo de higienização é mais demorado, o que também, atrasa o trabalho deles. O ideal é que os alegretenses tenham mais compreensão sobre os projetos e auxiliem o grupo. Além da forma correta de realizarem a doação, eles também precisam de materiais como grampeadores (normal e de estofado/madeira), grampos (normal e de estofado/madeira), tinta, entre outros.

O trabalho de confecção e aplicação das chapas térmicas em habitações populares de madeira no município de Alegrete tem a intenção de unir a engenharia à sustentabilidade, pensando em questões sociais e, principalmente, sem a necessidade de grandes investimentos. A cidade de Alegrete está localizada no sul do Brasil, e está sujeita aos rigores do clima, tanto no período de inverno, quanto no período do verão.


As universitárias comentam que a execução do projeto vai melhorar a saúde pública por meio do aumento do conforto térmico evitando assim a entrada de frio, da chuva e do calor nas residências beneficiadas, além de retirar do meio ambiente um produto de alta durabilidade realizando reciclagem direta.

Com um trabalho de formiguinha, pouco a pouco o Projeto ganha força para ajudar cada vez mais famílias.
Se ficou sensibilizado e quer ajudar de alguma forma o projeto?! Basta entrar em contato pelos telefones e wpp (49)99139-3202 ou Ana (55) 98115-1711.


Saiba mais:
Ana Luiza Freitas Gonçalves está no 4º semestre de Engenharia de Telecomunicações e Maria Eduarda Zanotti Pierezan no 2° semestre de Engenharia Civil.
O projeto foi aprovado esse ano pela UNIPAMPA. A coordenadora é a Professora Simone Dornelles, e Co-Coordenadora a professora Fernanda Bianchi, como colaborador o professor Celso.

Flaviane Antolini Favero