
Mais uma vez, os atletas africanos dominaram a 99ª edição da corrida de São Silvestre, realizada na manhã de terça-feira (31), último dia de 2024 em São Paulo. No masculino, a vitória foi de Wilson Too (44m21), enquanto, no feminino, Agnes Keino (51m25s) cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. Ambos representam o Quênia. A brasileira Núbia de Oliveira conquistou a terceira colocação, enquanto seu compatriota, Johnatas Cruz, finalizou sua participação em quarto lugar.
Leia mais: Figura conhecida do calçadão de Alegrete, ‘Gordo do Obelisco’ morre aos 41 anos
Nessa multidão de atletas, dois corredores de Alegrete cruzaram a Avenida Paulista. Eles abdicaram de passar o ano novo com a família para realizara mais um sonho. Participar de uma São Silvestre é como uma copa do mundo. Centenas de corredores profissionais e amadores vieram de outros países para celebrar os 100 anos da São Silvestre. A prova de rua mais famosa do Brasil é colorida e cheia de sotaques. No mar das bandeiras que atravessam a Avenida Paulista, muitos países representados.
Leia mais: Brigada Militar retira das ruas foragidos do sistema prisional de Alegrete
Foi neste clima que os dois atletas celebraram a passagem de ano em São Paulo. Para chegar até lá, Jair encarou 1.319 km de ônibus e fez o retorno também via terrestre. Já Francisco optou em ir de avião. “A São Silvestre é uma celebração. Não tem como nao correr, é uma festa do esporte”, destaca Brasil.
Jair conta que a São Silvestre é muito famosa no mundo todo e quando era criança, sempre quis fazer essa prova. Por conta do medo de andar de avião preferiu ir por terra, esclarece o atleta. Ele peregrinou em busca de patrocínio para ir correr. Conseguiu ajuda e assim completou sua segunda participação em São Paulo. Em 2017, ele debutou na prova e agora em 2024, pode celebrar novamente a grande festa do atletismo mundial.

“Agradeço a Deus em primeiro lugar e também aos meus patrocinadores que me incentivaram nesta corrida. O apoio da família. Enfim, foi muito bom participar da prova. Apesar de ser um calor muito forte e um ar um pouco poluído foi maravilhoso disputar essa maratona lá em São Paulo”, destaca o alegretense.

Francisco completou sua quarta São Silvestre e afirma que cada uma é diferente de outra. “Foi um ano difícil. Muitas lesões. Corri lesionado em São Paulo, mas não podia deixar de participar”, confessa o corredor.
