Alegretense é escolhido “Produtor do Ano” na Expointer

Os vencedores do prêmio Gente do Campo, realizado pela Zero Hora e Federação da Agricultura do Estado (Farsul), premiou uma cooperativa e três produtores gaúchos no primeiro dia da Expointer.

O alegretense, Nerlei dos Anjos, dono da fazenda Dois Angicos, no Rincão do 28 foi eleito o “Produtor do Ano”, durante a cerimônia na Casa da Farsul, no último sábado (29), em Esteio.

Nerlei dos Anjos1

As distinções foram feitas em quatro diferentes categorias: empreendedorismo, jovem, produtor do ano e tecnologia. A escolha dos vencedores foi feita por uma comissão formada por dirigentes da Farsul e jornalistas da Zero Hora, especializados na cobertura do setor.

Com idades e atividades distintas e de diferentes regiões do Estado, os vencedores em 2015 se destacaram por desenvolver a produção agropecuária com uma visão de futuro.

Conheça a história do alegretense que ajuda a cultivar o futuro do agronegócio.

Nerlei dos Anjos

Proprietário da Fazenda Dois Angicos, em Alegrete, o pecuarista Nerlei dos Anjos sabe como poucos a importância do planejamento e da qualificação do produtor para aumentar a produtividade e os ganhos da propriedade rural.

A partir de um processo iniciado há seis anos, conseguiu organizar as finanças do negócio essencialmente familiar. Hoje, são 258 hectares, sendo 150 próprios, onde o campo nativo melhorado dá sustento à criação de equinos, ovinos e bovinos das raças hereford e braford.

Com ajuda da Fundação Maronna e de parceiros, como o Programa Juntos Para Competir, desenvolvido em conjunto por Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar e Sebrae, o produtor teve o acesso ao conhecimento e à assistência técnica para tornar a propriedade herdada do pai mais eficiente e sustentável.

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“Agora, é hora de enxugar os gastos e economizar o que é possível. Um cordeiro que se perde já é prejuízo. Quando se é organizado, fica muito mais fácil identificar o que não é tão importante; Trabalhando direito e de forma planejada, o campo pode render bons ganhos. Mas é preciso estar aberto para estar sempre aprendendo coisas novas”, comenta Anjos, 57 anos.

A paixão pelo campo também foi herança da família. Dos seis filhos, só ele e mais um irmão optaram por viver em propriedade rural. O desafio agora é transmitir o legado ao casal de filhos e garantir a sucessão.

“Luto por isso. Gostaria que pelo menos um deles assumisse a administração no futuro, assim como eu fiz. Mas esse é um caminho que eles precisam escolher. Fico torcendo” , afirma o agropecuarista.