Alegretense Sérgio Faraco será o patrono da 70ª Feira do Livro de Porto Alegre

O escritor alegretense Sérgio Faraco foi nomeado o patrono da 70ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, na última quinta-feira (15). Numa coletiva de imprensa da Câmara Rio-Grandense do Livro, no Master Grande Hotel, o autor de 84 anos relembrou com admiração o patrono do ano anterior, Tabajara Ruas.

Nascido em Alegrete, em 1940, Sérgio viveu por dois anos na União Soviética entre 1963 e 1965, quando cursou o Instituto Internacional de Ciências Sociais, em Moscou. O escritor também é formado em Direito.

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Faraco revelou que já era cotado para assumir o posto de patrono há um tempo, porém ele não concordava com as mudanças que ocorreram em 2000 com a lista de patronáveis (em que um colegiado constituído por autores e o público votavam no favorito para ser patrono da Feira). Desde 2019 não há mais lista de patronáveis, sendo uma escolha direta dos associados. Assim, Faraco comentou que já “não tinha mais protesto”, e aceitou a posição de patrono da Feira.

O autor de “Dançar Tango em Porto Alegre”, disse estar contente com a homenagem: “eu me sinto feliz de a partir de agora fazer parte desta engrenagem cultural e de comércio de bens culturais que é a Feira do Livro de Porto Alegre”.

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O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, ao apresentar o novo patrono, comentou como Sérgio Faraco é um dos maiores nomes da literatura gaúcha, “um contador de histórias, que dedicou a sua pena às diversas regiões do Rio Grande do Sul. E também na nossa capital. Inclusive em uma das suas maiores obras tem Porto Alegre no nome”, disse.

A Feira do Livro deste ano acontece nos dias 1º a 20 de novembro, na Praça da Alfândega, com o tema “O Tempo Passa Por Aqui”. Ao longo da sua trajetória literária, Faraco acumula prêmios e reconhecimentos pelos seus contos, memórias, crônicas e obras de ficção. Em 1988, com a obra “A dama do Bar Nevada”, conquistou o Prêmio Galeão Coutinho, reconhecido pela União Brasileira de Escritores como o melhor volume de contos lançado no Brasil no ano anterior.

Alguns anos depois, em 1994, com “A lua com sede”, recebeu o Prêmio Henrique Bertaso de melhor livro de crônicas. Nos anos de 1995, 1996 e 2001, foi agraciado com o Prêmio Açorianos de Literatura, principal premiação cultural da capital gaúcha. Em 2008 recebeu a Medalha Cidade de Porto Alegre, como homenagem da prefeitura da capital.

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A sua obra mais recente é “As Noivas Fantasmas & Outros Casos”, de 2021, que conta com 46 crônicas inéditas e ganho o Prêmio Jacarandá. A próxima obra do ator será “Digno é o cordeiro”, que deve ser publicada pela L&PM um pouco antes da Feira do Livro, o autor já adiantou que escreveu uma memória que o leitor poderá considerar uma continuação de “Lágrimas na chuva”, “Reproduz as dificuldades que tive em 1965, após ter voltado da Rússia”, descreveu o escritor alegretense.

Foto: Marco Favero

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