
Um problema alarmante que tem ganhado destaque na cidade de Alegrete é a imprudência dos motoristas que fazem uso de seus celulares enquanto dirigem, uma prática que representa um perigo significativo nas estradas e ruas locais. Dados recentes e estudos realizados por entidades renomadas alertam para a gravidade dessa questão e ressaltam a necessidade de medidas rigorosas para combater esse comportamento irresponsável.
Tem gente que só faz a coisa certa se está sendo observada
O PAT tem recebido, nos últimos tempos, relatos de motoristas destacando que muitos acidentes, especialmente em rotatórias, foram causados por condutores distraídos falando ao celular. Embora as leis de trânsito já estabeleçam claramente o que um motorista deve ou não fazer ao dirigir, a conveniência e a compulsão de estar conectado a todo momento muitas vezes levam os condutores a ignorar essas regras essenciais.
De acordo com o diretor da Guarda Municipal, Rogério Lima, “se for configurado que a pessoa está ao celular, a multa é aplicada sem hesitação”. Desta forma para disciplinar o trânsito e prevenir acidentes, em menos de 15 dias, neste mês, já foram emitidos oito Autos de Infração de Trânsito (AITs) por uso irregular de celular. A infração é considerada gravíssima, com uma penalização de 7 pontos na carteira e uma multa de R$293,47. A Brigada Militar também desempenha um papel importante nesse esforço.
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As estatísticas são claras e alarmantes: o uso do celular ao volante aumenta em impressionantes 400% o risco de acidentes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Além disso, um levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) revelou que o uso do smartphone já é a terceira principal causa de mortes no trânsito do país. Esses números dramáticos destacam a necessidade urgente de ações preventivas.
Um estudo realizado pela instituição inglesa RAC Foundation comparou dirigir usando o celular com a ingestão de álcool, demonstrando que ambos os comportamentos têm riscos semelhantes. A pesquisa também alertou que enviar mensagens pelo smartphone pode retardar o período de reação do motorista em 35%, um índice ainda mais alto do que o observado com a ingestão de álcool (12%).
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A perda do campo de visão de 360 graus, fundamental para a segurança viária, é outra consequência grave do uso do celular enquanto se dirige, como destacado pela Abramet. A distração resultante do envolvimento com o dispositivo compromete a concentração do motorista, tornando-o menos capaz de reagir rapidamente a situações de trânsito imprevisíveis.