
Prefeitura de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, emitiu um alerta nesta terça-feira (24) sobre um provável surto de infecção intestinal. Duas crianças morreram, uma no domingo (22) e outra na segunda (23), com o mesmo problema. Elas tinham 5 e 4 anos, respectivamente, e eram da mesma escola de Educação Infantil, da rede particular.
O secretário municipal de Saúde, Francisco Harrison, gravou um vídeo que foi publicado nas redes sociais da prefeitura, dizendo que outras crianças também passaram mal, mas foram medicadas e estão bem.
“Muitos boatos estão surgindo, as pessoas falam que tem surto de meningite, que pega pelo ar, que se apertar a mão pega, nada disso é verdade. O surto que nós temos é de uma determinada escola, uma determinada festa no fim de semana, e as crianças a partir daí desenvolveram diarreia. Algumas crianças foram tratadas no consultório, estão bem, em casa, e duas vieram a falecer”, diz ele na gravação, feita no fim da tarde.
Desde o dia 10 de dezembro, o secretário diz que foram registrados cinco casos, sendo quatro deles em crianças. A mãe de uma delas também passou mal.
A criança de 5 anos estava em tratamento no Hospital de Caridade de Santa Maria e morreu em menos de 24 horas. A de 4 anos viajou para Montenegro, no fim de semana, onde passou mal e foi levada para um hospital. Da cidade da Região Metropolitana, ela foi transferida para Porto Alegre, por ser um caso grave, mas não resistiu.
De acordo com o secretário, que também é médico, a infecção intestinal se propaga através do contato com fezes.
“A secretaria da Saúde, a Vigilância, estão trabalhando desde o fim de semana em cima de casos de diarreia infecciosa (…) Essas mortes ocorreram em crianças menores de 5 anos, devido à diarreia e a problemas de coagulação”, acrescenta.
Harrison pede aos pais que levem seus filhos a um médico se perceberam que as crianças estão com dor abdominal ou diarreia.
“A diarreia é um quadro comum, toda criança passa por isso, mas nesse momento de surto na cidade, nós temos que cuidar.”
“Seja público ou privado, todos os hospitais foram avisados, as equipes médicas e de enfermagem estão avisadas sobe como proceder. Infectologistas da cidade, que não são funcionários da prefeitura, mas estão trabalhando em parceria, gratuitamente, estão nos assessorando, para que a gente possa conduzir de uma forma clara a população”, diz.
A escolinha está em período de férias, mas, na quinta-feira (26), a Vigilância Sanitária e um grupo de epidemiologistas irão até o local fazer uma vistoria, informa o secretário.
O G1 e a RBS TV tentaram contato com a escola, mas não conseguiram retorno até a noite de terça-feira (24).
Fonte:G1