
A crise econômica Argentina acirrada pela pandemia mostra o duro sofrimento do povo menos favorecido no país vizinho.
Essa situação tem feito com que muitos se aventurem, até mesmo com filhos pequenos para o Brasil, em busca de melhores condições de vida.
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Alegrete está entre as rotas desses hermanos que ficam nas sinaleiras fazendo malabares em busca de trocados para poder sobreviver.
Mesmo com a chuvada ultimamente la estavam eles na sinaleira.

Há quatro dias chegou à cidade o casal, Lucia Suarez e Angel Ruiz e mais a pequena Delfina Suarez de 5 anos.
Na esquina da Panvel, da praça Getúlio Vargas, eles fazem os malabares quando o sinal fecha.


Angel disse que veio para o Brasil em busca de trabalho porque está tudo muito caro em seu país, a crise é grande. O casal e a filha são da cidade de Bragado – Província de Buenos Aires.
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Além de malabares, o rapaz de 27 anos tem Técncio em Comércio e sabe trabalhar em padaria, ajudante em restaurante. A jovem Lucia sabe trabalhar com costura.
Eles chegaram a ir para o albergue municipal, mas dizem que não ficaram porque a filha não quer dormir separada do pai, e no albergue os homens dormem separados das mulheres.

Eles estavam com suas mochilas na casa de táxis da Praça, onde a filha dormia, depois do almoço que ganhou de uma pessoa que trouxe a eles.
-Para conseguir nosso objetivo vamos trabalhar e trabalhar, disse Ruiz com as pelotas nas mãos, ao lembrar que faz malabares com bandeiras e outros objetos.
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A CRISE
Em meio a uma inflação de 60% e a desvalorização do peso frente ao dolar, a Argentina vive uma de suas maiores crises.
A economista Silvina Batakis, ligada à vice-presidente Cristina Kirchner, assumiu o cargo com a missão de negociar a dívida de 44 bilhões de dólares da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e apresentar soluções para a crise.
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Essa semana, Batakis se reuniu com credores internacionais em Washington, nos Estados Unidos, e a diretora do FMI, Kristalina Georgieva. A nova ministra da economia também vem mantendo interlocução com o Banco Mundial — a entidade acaba de anunciar um empréstimo de 200 milhões de dólares para pequenas e médias empresas argentinas. O impasse na economia, no entanto, continua.
Com informações da Exame