Atleta profissional é perseguido por militares e sofre constrangimento

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O atleta profissional de corrida de rua, Rodrigo Azevedo, que há 16 anos treina incansável pelas ruas, estradas e parques em Alegrete, no último dia 27 de janeiro por volta das 21h15min, se deparou com um fato que jamais esperava acontecer.

Ele treina duro, há anos, para representar e divulgar a cidade de Alegrete nas mais diversas competições de corrida nacional e internacional e diz em tom de indignação: “Fui tratado como um criminoso”.

Enquanto treinava na RS/ 507, na faixa frente à Hípica, notou que após terminar seu treino, às 21 h, militares de uma Unidade Militar o observavam de dentro de uma viatura. Ele havia deixado seu carro no acostamento da rodovia, frente ao Centro Hípico José de Abreu, enquanto treinava.

Após acabar o treino, o atleta conta que foi até seu carro e se dirigiu à cidade, para tentar comprar algo e repor os nutrientes perdidos devido ao esforço e à alta temperatura, que beirou os 40°C.

Logo que saiu, diz que notou que os militares abriram a cerca aos fundos do quartel e saíram atrás dele. Como estava treinando e não tinha nada a temer não deu importância ao fato de a viatura estar seguindo seu carro.

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No arco, perto do trevo da BR 290, Azevedo informa que encontrou um bar, parou o carro e desceu para comprar algo. Neste momento, percebeu  que a viatura do quartel também parou. “Achei incomum aquela atitude e perguntei ao oficial,o que houve? Parece que estão me seguindo”, mas, conforme o atleta, ele nada respondeu, pois estava ao celular. “Em minutos, lamenta Azevedo, encostou duas viaturas da Brigada e mandaram eu e meus dois alunos de treino pôr as mãos atrás da cabeça.”

O atleta perguntou o que estava acontecendo para tomarem aquela atitude, mas nada responderam.  – Revistaram a mim, os outros dois atletas e o meu carro. Tudo isso, de acordo com ele, sem nada falarem.

“Estou perplexo com o que aconteceu, e o constrangimento que passei frente à várias pessoas”, pondera o atleta profissional alegretense. Depois desse constrangimento disseram a ele que o seguiram porque ele não parou na blitz do oficial de dia.

“Mas como, blitz por militares numaa RS, sem autorização do comandante, e sem sinalização, pois sabemos que é lei em RS ter sinalização para fazerem este tipo de ação”, ponderou Rodrigo Azevedo. E  ainda lembra que, para isso, é preciso autorização da Polícia Estadual , que é responsáveis por fazer blitz, sinalizar e perseguir nas RS do Estado”, esclarece o atleta.

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“Como que um tenente do quartel se acha superior à Lei para tomar essas medidas e sair perseguindo pessoas que não são suspeitas, ou agora quem treina há 16 anos, nesse mesmo local, passou a suspeito de crime?!”

–  “Eu, como nada sabia, pois nada fiz, saem me perseguindo do nada, imagina se não paro, iria acontecer que nem em São Paulo, no mês de dezembro, que mataram um inocente porque não parou quando estavam sendo perseguidos como suspeito, porque o carro era parecido e deram um tiro em direção ao carro que acabou acertando um dos jovens tripulantes  que o levou à óbito. Tudo por incompetência de quem se diz profissional. Agradeço por ter na abordagem policiais que me conheceram e viram que houve um equívoco”.

 Azevedo é formado em Educação Física, cursa Bacharel em Direito, é treinador, Educador Físico, atleta profissional há 16 anos e funcionário público. Recebeu vários méritos no Exército por ser um excelente profissional e louvável atleta.