Audiência pública questiona o que vai ser feito da estrutura do Parque de Resíduos Sólidos

“Além de ser algo que Alegrete não comporta no sentido da quantidade de materiais para reciclar, a Prefeitura estuda o que fazer com as máquinas que já vieram e não há recursos para pagar”. Isto foi o que disse, em 2017, a administração municipal.

O entendimento é de que o projeto foi super dimencionado, o que fez com que a atual administração devolvesse alguns equipamentos e o projeto do Parque de Resíduos Sólidos parou.

Porém, as bancadas do PDT,  PT e MDB  propuseram uma audiência pública, dia 9, para tratar sobre esta questão.

Só para ligar esta máquina de britagem são necessários 60 caminhões de entulho, informaram os representantes da empresa Bonafer, ainda em 2017.

O vereador Rudi Pinto explica que a audiência pública foi para saber o que vai ser feito da estrutura do Parque de Resíduos Sólidos  que fica no Corredor dos Papagaios e se ele vai vir a funcionar.

A Secretária de Meio Ambiente, Gabriela Trindade Segabinazzi, informa que o Parque será colocado em operação, mas de acordo com a realidade do Município. O projeto inicial, no valor de 2. 697 milhões com financiamento, via Badesul, era para fazer a estrutura física e adquirir os equipamentos. Deste total, o Município recebeu 1,3 milhão.

Como foi super dimencionado e Alegrete, de acordo com atual administração, não teria resíduos suficientes, o governo municipal iniciou um longo trabalho de rever e devolver equipamentos, ainda em 2017. Foram devolvidos um caminhão, quatro caçambas e uma retroescavadeira. No local, que está com 89% da área construída ainda tem uma britadeira no valor de 600 mil que o município está com processo judicial para devolver e, também, uma balança.

A Secretária diz que o Parque será colocado em operação, de acordo com a realidade do Município, porque para ser como havia sido o projeto inicial, cuja licitação apresentou problemas, porque uma única empresa se habilitou e, por duas vezes, foi inabilitada e só veio assumir o projeto por indicação da Procuradoria do Município à época.

Próximo passos

O Município já encaminhou o Termo de Referência, (o que falta para concluir a obra e o projeto elétrico) para que se faça uma nova licitação, esclareceu Gabriela Segabinazzi.

A gestão do Parque, quando for concluído a obra, acredita que no ano que vem, será discutida pela Administração. E no Parque com a capacidade real de Alegrete, já que é a nível regional, será que os Município estariam dispostos a pagar frete para enviar seus resíduos para à cidade, questionou o Prefeito Márcio Amaral.

O Parque vai mudar muito a área de gestão ambiental do Município com o aproveitamento de recicláveis, finalizou a Secretária.

Vera Soares Pedroso