
A mesa de debate foi composta pelo prefeito Jesse Trindade, o presidente da Câmara de Vereadores, Cléo Trindade, o promotor do Município, Eduardo Fagundes, o diretor da AGERGS, Vinicius da Ilha, e o diretor executivo da Corsan-Oeste, Maximiliano Alves.
A audiência foi uma iniciativa da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento e Bem-Estar Social (CIDBES), composta pelos vereadores Éder Fioravante, José Rubens Rosa Pillar e Jaime Duarte, além do presidente do Poder Legislativo, vereador Cléo Trindade. O objetivo foi representar a sociedade alegretense diante das insatisfações com os serviços prestados pela Corsan na cidade.
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Durante o evento, foram apresentadas reclamações da população relacionadas à tarifa de esgoto, valores elevados nas contas, trocas de hidrômetros e cobrança de multas sem aviso prévio.
O vereador Éder Fioravante deu início à sessão e abriu espaço para manifestações do público presente.
A síndica Marlene Machado relatou o aumento gradativo das tarifas em um prédio da cidade, com valores variando entre R$ 12 mil e R$ 15 mil.

Lara de Oliveira, representante do bairro Assunção, apontou valores elevados nas contas e casos de mau atendimento. Mencionou ainda questões relacionadas à soleira negativa e à metragem de aferição da água.

José Santos, morador do bairro Gamino, criticou a ineficiência dos serviços da Corsan e questionou a qualidade da água distribuída no município.

O advogado Alexandre Machado destacou a necessidade de esclarecer os termos do contrato da Corsan para a população e ressaltou o impacto dos altos valores tarifários.

O advogado e ex-vereador Anilton Oliveira apontou que a privatização da Corsan foi um fator determinante para os problemas enfrentados em Alegrete.
Maximiliano Alves, diretor executivo da Corsan, explicou o funcionamento da empresa na cidade e abordou questões como inflação e reajustes tarifários. Segundo ele, houve um aumento de aproximadamente 5% nas tarifas em janeiro de 2025, o primeiro após a privatização.

Sobre faturas duplicadas, ele afirmou que a Corsan não tem registros desse problema, mas que eventuais débitos pendentes podem ser cobrados na tarifa do mês seguinte.
Sobre vazamentos, explicou que a empresa não realiza identificação desses problemas.
A Corsan admitiu falhas nos serviços e afirmou que casos específicos serão analisados individualmente, garantindo ressarcimento a consumidores lesados. Apontou ainda que o aumento no consumo de água em janeiro foi influenciado pelo calor excessivo e pelo uso de piscinas e mangueiras. No mês, o volume consumido na cidade foi de 293 mil metros cúbicos, um crescimento de 30% em relação a dezembro de 2024.
A média do aumento do consumo ficou cerca de 40% maior devido ao calor , segundo a Corsan, além disso, ocorreu a troca de 10 mil hidrômetros na cidade e um reajuste tarifário de 6% aplicado em janeiro.
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O diretor da AGERGS, Vinicius da Ilha, explicou sobre a fiscalização do contrato e afirmou que estão sendo criados grupos de trabalho para reduzir os problemas no saneamento.

O promotor Eduardo Fagundes ressaltou que a cobrança sobre soleira negativa é irregular. Ele orientou os consumidores afetados pelo aumento na tarifa após a troca de hidrômetro a procurarem o Procon. Também destacou que a entrada em residências sem autorização é ilegal e deve ser denunciada às autoridades competentes.

Após as explanações, os vereadores discutiram as irregularidades nos serviços da Corsan e encerraram a sessão, com o presidente da Câmara agradecendo a presença de todos os participantes.
Somente comentar que CORSAN não existem mais. Agora AEGEA e este tipo de reclamações estao em todo estado.