Baiúcho da Unipampa. Ô, meu rei, diga aí

Com a simpatia e a alegria de um verdadeiro baiano, Anderson Souza Silva, acadêmico do 8º semestre de Engenharia Mecânica da Unipampa conta como é viver num local complemente diferente do que passou por toda sua vida.
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Baiano de Salvador, Anderson ainda carrega o sotaque soteropolitano que caracteriza o povo da terra do Oludum, axé, Jorge Amado, Gil, Betânia, Caetano, Gal… e um grande legado da cultura afro ao Brasil.
De sorriso fácil, o quase Engenheiro Mecânico deixou família, costumes, calor o ano inteiro, praias, para realizar o sonho de estudar. “No início foi meio dureza, tudo diferente, comidas, termos regionais. Ah!! E os primeiros frios foram terríveis, porque eu adoro o calor”,  conta rindo Anderson.
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Mas estar cursando uma faculdade, numa universidade de boa qualidade, compensa qualquer distância da família, de tudo o que ficou na Bahia. O acadêmico de Mecânica diz que no Sul tem muitas federais, e lá era quase impossível fazer um curso numa instituição pública. No Nordeste, as federias são muito escassas, salienta.
“Adaptei-me super bem na cidade. A recepção dos alegretenses  e da própria Unipampa foi muito boa. Tudo contribuiu para que o baiano se adaptasse, e hoje já tome até chimarrão, com a condição de que esteja frio, conta”.
Também diz ter estranhado de início o horário, que aqui quando são 6h30min ainda é escuro, porque  no Nordeste amanhece super cedo e também escure muito cedo.
“O povo daqui é amigueiro, fala Anderson, sempre sorrindo. Não tive problemas, gosto da cidade, tanto que minha namorada é daqui”, entrega.
Ele sente saudades do acarajé, moqueca, e claro daquelas maravilhas da capital baiana. “Se tivesse como eu trabalhar aqui depois de formado não iria embora de Alegrete. É uma cidade boa de  viver, tranquila”, relata.
Em quatro anos aqui na cidade, ele foi só duas vezes a Salvador, porque é muito caro. ” Tô doido esperando fevereiro chegar para ir com minha namorada visitar meus pais e curtir as férias em minha terra”, finaliza.
Ele e um grupo de colegas estão empenhados no projeto  Baja SAE
O projeto Baja SAE é organizado pela Sociedade dos Engenheiros Automobilísticos – SAE (Society of Automotive Engineers), e trata-se de um desafio lançado aos graduandos de engenharia, pela SAE Brasil, com objetivo de projetar e construir um veículo “off road” que seja: robusto, seguro, de fácil transporte, operação e manutenção, e que seja capaz de vencer terrenos acidentados em quaisquer condições climáticas.
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O projeto prevê que, além de construir o veículo, os alunos se envolvam na captação de recursos junto a parceiros externos à universidade, na forma de patrocínio.
Atualmente são realizadas duas etapas anuais: a nacional e a regional. As equipes mais bem colocadas na etapa nacional ainda têm a oportunidade de participar da etapa internacional, que normalmente ocorre nos Estados Unidos. Durante a competição o protótipo é avaliado quanto ao projeto, aceleração e velocidade máxima, poder de tração e frenagem, e por fim, por uma prova de resistência (enduro).
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O BAJA PAMPA é uma equipe de acadêmicos em Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) campus Alegrete, e tem por missão participar das competições de BAJA – SAE.  A equipe BAJA PAMPA foi criada em meados de 2013, a partir do esforço e do entusiasmo de alguns alunos em desenvolver um veículo Baja.
 

Por: Vera Soares Pedroso