Chefe do Estado Maior à época da tragédia pegou seis meses por fraude processual. Pena será convertida
Saiu na tarde de terça-feira(01), a primeira sentença criminal relacionada à tragédia da Boate Kiss.
O major Gerson da Rosa Pereira, acusado de fraude processual foi condenado a seis meses de reclusão. A pena deve ser convertida em prestação de serviços à comunidade.
O major Gérson da Rosa Pereira, juntamente com o sargento Renan Severo Berleze tinha sido denunciado pelo Ministério Público (MP) por fraude processual no caso da Kiss. De acordo com o MP, entre os dias 27 e 29 de 2013, os dois encaminharam documentos à Polícia Civil que não faziam parte do Plano de Prevenção contra Incêndio da boate.
Em 5 de novembro de 2013 o bombeiro Renan Severo Berleze aceitou a suspensão condicional do processo, em troca do pagamento de dois salários mínimos e o comparecimento à Justiça a cada três meses por dois anos. Ao cumprir essas medidas, ele estará com a ficha limpa.
O major Gérson não aceitou na época a suspensão e nesta segunda foi condenado pelo juiz Ulysses Fonseca Louzada. A defesa do major Gerson irá recorrer da sentença.
No processo foram ouvidas quatro testemunhas chamadas pela defesa do bombeiro e uma testemunha de acusação, a engenheira Josy Maria Gaspar Enderle. Ela, dona da Marca Engenharia, foi quem enviou ao sargento Renan, por meio de sua filha, a documentação que tinha sobre a Kiss (cópia do projeto de prevenção contra incêndio e cálculo populacional da capacidade da boate). O sargento entregou o material ao major Gerson para que fosse anexada à pasta da boate no 4º Comando Regional dos Bombeiros, posteriormente entregue à Polícia Civil.
Ainda há outros três processos criminais na Justiça. O principal ficou restrito aos sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, o Maurinho, e aos dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista, Marcelo de Jesus dos Santos, e o roadie Luciano Augusto Bonilha Leão. Eles são acusados de homicídios qualificados com dolo eventual e tentativas de homicídio qualificado.
Fonte: A Razão