A Corporação dos Bombeiros de Alegrete está trabalhando com um efetivo reduzido. Somente quatro profissionais atendem os chamados de ocorrências. Destes, um fica no quartel, o motorista e dois fazem o trabalho de combate ao incêndio.
Conforme o Tenente Pinto, comandante da Guarnição, seriam necessários 31 profissionais para concluir o efetivo. Em Alegrete são 19 bombeiros. A escala de 24 horas com quatro de serviço, mais dois em horário comercial atendem a parte técnica e burocrática.
O comandante dos Bombeiros afirma que a unidade local da corporação enfrenta alguns problemas devido à falta de efetivo para a realização das atividades de prevenção e combate a incêndios. Atualmente, 19 soldados fazem parte do efetivo de responsabilidade do município, mas desses, alguns estão entrando em licença; férias, atestados médicos, laudos e quatro em pedido de aposentadoria.
De acordo com o comandante Pinto, a qualidade dos serviços está sendo afetada por diretrizes governamentais. Em situações de grandes sinistros, a corporação possui três caminhões mais o carro pipa do Exército que auxilia a corporação e situações de emergências.
O Corpo de Bombeiros solicitou ao Executivo a possibilidade de cedência de voluntários para o serviço interno, o que segundo o tenente, aumentaria um soldado para atuar na equipe de combate. Ele confirma que a situação pode piorar. “Estamos controlando as horas extras, mas com a defasagem vamos ter de pedir apoio a outras cidades já no próximo mês”, declara o comandante Geminiano Pinto Bassualdo.
Com o efetivo de 19 bombeiros alguns serviços deixam de ser cumpridos dentro de um cronograma correto. É o caso alarmante de 881 vistorias que estão atrasadas. Existe a solicitação da corporação para que mais profissionais sejam encaminhados para Alegrete. Dez transferências estão trancadas por conta do Governo , devido às dificuldades financeiras do Estado.
Quanto ao material e viaturas, Alegrete dispõe do necessário. São três caminhões tanque, um kombi, lancha e uma viatura de resgate.
A falta de efetivo atinge todo o Corpo de Bombeiros do Estado e a tendência é piorar, devido às medidas que o governo pretende adotar. Muitos estão pedindo aposentadoria para não correr o risco de perder benefícios adquiridos durante a carreira;