Brasil lamenta execução e prega fim da pena de morte

Depois do fuzilamento de brasileiro na Indonésia, secretário-geral das Relações Exteriores transmitiu o posicionamento do governo na tarde de terça

fuzilamento

O governo recebeu com “profunda consternação” a notícia da execução do brasileiro Rodrigo Gularte, 42 anos, condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia, de acordo com nota lida pelo secretário-geral das Relações Exteriores, Sérgio Danese, na tarde desta terça-feira, no Itamaraty.

fuzilamento de Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, em janeiro, foi lembrado, destacando que estas decisões constituem fato grave no âmbito das relações entre os dois países.

— Isso fortalece a disposição brasileira de levar adiante, nos organismos internacionais de direitos humanos, os esforços pela abolição da pena capital — leu o ministro

 

A nota ainda reitera os esforços do governo para impedir a execução de Gularte, que foi preso em 2004, em Jacarta, capital da Indonésia, por transportar 6 quilos de cocaína em pranchas de surfe e condenado à pena de morte em 2005.

— Lamentavelmente as autoridades indonésias não foram sensíveis a esse apelo de caráter essencialmente humanitário.

Após o término da leitura da nota, em que o governo ainda se solidariza com a família de Gularte, Danese e o subsecretário-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, responderam a algumas perguntas da imprensa. Danese lembrou da importância da parceria com o país asiático, mas não descarta atitudes repreensivas.

— Brasil e Indonésia têm um comércio bilateral de cerca de $ 5 bilhões. Mas, obviamente, o fato de tantos apelos presidenciais terem permanecidos sem resposta satisfatória para nós é algo que deve ser avaliado.

O corpo de Gularte será translado para o Brasil e enterrado. Anteriormente, a intenção da família era cremar o corpo.

 

Brasileiro executado permaneceu “calmo” até o último minuto. Confira o vídeo:

Fonte: Zero Hora