Cadela encontrada na UFSM sofreu ferimento no ânus e teve o rabo quebrado

Diretora do Hospital Veterinário acredita que um objeto tenha sido introduzido no animal

cadela

A cadela encontrada sangrando e machucada na manhã desta segunda-feira próximo à pista de caminhada do campus da Universidade Federal (UFSM) permanece internada no Hospital Veterinário em observação. Conforme a diretora do hospital, a veterinária Anne Amaral, a cachorra sofreu uma fratura no sacro (na última vértebra do rabo) e várias lesões no reto e ao redor do ânus.

Anne Amaral, que está cuidando do animal, acredita que a hipótese mais provável é de que um objeto tenha sido introduzido no ânus da cachorra, ocasionando as lesões. Além disso, a aplicação de força intencional sobre a cauda da cadela foi o que ocasionou a fratura.

— Já examinamos a cadela e verificamos que as lesões só podem ter sido ocasionadas pela introdução de algum material capaz de deixar ferimentos no reto e ao redor do ânus. Também identificamos que ela já estava há algum tempo no local e perdeu muito sangue, o que causou a hipotermia (redução da temperatura corporal) — explica Anne.

Segundo a veterinária, foram feitos vários exames na cadela, que não precisará passar por procedimento cirúrgico. Entretanto, não é possível quanto tempo ela vai continuar internada.

— Ela apresenta um quadro de evolução satisfatória. Ainda é necessário deixá-la em observação, mas já melhorou bastante desde que foi trazida ao hospital — salienta a diretora.

Reunião deve esclarecer o que aconteceu com a cadela

Simone Doico, uma das integrantes da ONG SOS Bichos de Rua, que cuida de animais na região de Camobi, relatou que a cadela já está sob os cuidados da equipe. Ela também informou que, nesta quarta-feira, às 10h30min, vai ser realizada uma reunião no gabinete do vice-reitor da UFSM para debater o que aconteceu e as providências a serem tomadas em relação aos cuidados do animal.

— Por enquanto ela vai ficar sob os cuidados da ONG. O provável dono da cadela entrou em contato conosco, mas preferimos não passar a tutela para ele nesse momento — esclarece Simone.

Conforme a cuidadora de animais, a cadela vivia há cerca de três meses no campus da UFSM e era alimentada e cuidada pela ONG.

Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA