Como a tecnologia pode nos ajudar a prevenir futuras enchentes?

A cada ano, as tempestades e enchentes que atingem o Brasil parecem se tornar mais avassaladoras e com um potencial maior de destruição.

Após desastres no sul da Bahia, em 2021, e na região serrana do Rio de Janeiro, em 2022, recentemente mais de 2 milhões de pessoas foram prejudicadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Há algum tempo, pesquisadores e cientistas já estão alertando que o aquecimento global e o descontrole climático irão formar ondas de calor cada vez mais fortes e constantes. Como consequência, fenômenos naturais como tempestades, queimadas e secas também estão se tornando mais frequentes e destrutivos.

Ferramentas tecnológicas que podem ser úteis

Apesar da intensidade dos desastres climáticos estar se intensificando, especialistas apontam que é possível minimizar os estragos ao combinar um bom planejamento com o uso de ferramentas tecnológicas.

Confira abaixo alguns exemplos de tecnologias que podem ajudar nesse aspecto.

Drones

Um equipamento que tem sido destaque para o monitoramento de enchentes e queimadas é o tipo de drone que possui um sensor LiDAR (Light Detection And Ranging).

A utilidade desses drones acontece pelo fato deles conseguirem chegar facilmente em locais de difícil acesso, como matas densas, locais com deslizamento de terra ou com risco de desmoronamento e áreas de enchentes.

Nowcasting

O nowcasting é uma nova ferramenta em fase de desenvolvimento, que utiliza tecnologia de transmissão ao vivo. Através dela, será possível obter informações rápidas e atualizadas, além de precisas, sobre diversos aspectos meteorológicos.

De acordo com os especialistas, o nowcasting será capaz de fornecer com alta precisão os dados de ventos, chuvas e a possibilidade de tornados e tempestades com até 6 horas de antecedência.

Monitoramento avançado

Um sistema de monitoramento avançado, formado por satélites e sensores remotos, é outra tecnologia essencial para identificar as mudanças climáticas. Por meio desses sistemas, é possível detectar alterações no ar e no solo, variações nos níveis da água e outros fatores que podem acarretar em grandes desastres naturais.

Além disso, esse monitoramento deve estar associado a um sistema de alertas, o qual notifica as autoridades sobre os riscos de desastres em potencial. Dessa maneira, é possível salvar vidas evacuando as áreas comprometidas.

O conceito das cidades-esponja

Uma das soluções mais discutidas para neutralizar os estragos causados pelas mudanças climáticas são as cidades inteligentes. Dentro dessas cidades tecnológicas e com excelente planejamento urbano, seriam adotadas medidas para proteger os moradores de eventuais catástrofes, incluindo o que se chama de “cidades-esponja”.

Em uma “cidade-esponja”, seriam criados parques capazes de conter alagamentos, além da adoção de pavimento permeável e telhados verdes, repletos de vegetação.

Mas apenas isso não seria o suficiente para desacelerar os efeitos destrutivos dos fenômenos climáticos. Em adição às “cidades-esponja”, também é preciso continuar investindo em fontes de energia renovável e na conscientização das novas gerações. Somente através de uma ação conjunta será possível reduzir a emissão de gases poluentes e evitar que novas tragédias de grande porte continuem ocorrendo.

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