
Desde o dia 1 de setembro de 2019 a empresa Fronteira D’oeste opera o serviço na cidade. Primeiro de forma emergencial e depois com a licitação, este ano, assumiu o trabalho como detentora das linhas urbanas.
Na primeira licitação para este serviço no município, as empresa Vaucher e Nogueira não participaram. A Nogueira manteve atividades de transporte e a Vaucher migrou para outro ramo.
Gilson Vaucher diz que depois desse tempo todo, em que diz ter levado a empresa nas costas, tirou um peso dos ombros. – Não participamos da licitação, porque era inviável assumir os serviços diante dos custos para manter as linhas ( diesel, peças, manutenção) e os servidores. Isso porque diminuíu, consideravelmente, o número de usuários. – Eu migrei para o ramo da construção civil e disse ao Prefeito, “o senhor me tirou um peso das costas”.
Já o empresário João Nogueira, lembra que foram 68 anos rodando pelas ruas de Alegrete. Eu não participei da licitação para fazer o transporte urbano, porque realmente era inviável com a linha do IFFar e o preço da passagem escolar.
A empresa continuou com transporte escolar e mantém 33 linhas em Alegrete, 30 em Uruguaiana e tem 140 trabalhadores entre os dois municípios. -Quando eu fazia o coletivo urbano conseguia investir em ônibus com o que rendia o escolar, acentuou Nogueira.
Explica que quando deixou de fazer as linhas urbanas, em 2020, o déficit de passageiros era de cerca de 40%, segundo João Nogueira. E com a facilidade de se fazer coisas, on line, isso se acentuou ainda mais, pondera.
Ela quer ser advogada, mas precisa enfrentar as barreiras da deficiência visual
– Acredito que para manter o transporte coletivo só com subsídios, como acontece, por exemplo, em Santa Maria, onde as empresas ganham recursos do Poder Público e conseguem manter as atividades.
-Não podemos deixar de lembrar os pioneiros Jesus Nogueira, dona Rita Vaucher e Julio Vaucher que, nos idos de 1954, desbravaram esse serviço de transportar pessoas em Alegrete lembrou, João Nogueira.