
O encontro festivo reuniu o grupo no pergolado da Praça Nova, em Alegrete, com a presença de representantes de diversas entidades, autoridades locais e membros vindos de Porto Alegre — sob a coordenação de Luiz Adolfo Fernández Grillo e José Airam Vasconcelos. O momento simbólico do evento foi o plantio de um ipê em homenagem ao confrade Rui Bisch Fabres, que também foi homenageado com o Mérito Legislativo, por proposição de Paulo Antônio Berquó Farias.
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A história do grupo teve início em fevereiro de 2002, quando um grupo de amigos começou a se reunir aos sábados pela manhã, faça chuva ou faça sol, sempre no mesmo ponto: o Bar do Chope Escarrone. O local acabou se tornando o palco informal de encontros semanais que uniam debates sobre política, cultura, urbanismo, cinema, esporte e temas cotidianos — regados a cerveja gelada e acompanhados por carnes assadas que exaltam o paladar local, como costelinhas e linguiças que fazem jus à fama gastronômica de Alegrete.
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O grupo, inicialmente pequeno, foi se ampliando ao longo dos meses. No fim daquele mesmo ano, os encontros deram lugar à formação oficial da Confraria. A ideia partiu do professor José Grisa e do amigo Zefa, em uma manhã comum de sábado, acompanhados de Manoel. Desde então, nomes como Grillo, Runildo, Ascânio, Fernando, Caco Perfeito, Heitor, Pastel, Valter, Rui Bibi, Zé do Cinema e José Airam Vasconcelos se juntaram à confraria, transformando o simples hábito de se reunir em um espaço de convivência, reflexão e laços sólidos.




Durante mais de duas décadas — exceto pela interrupção imposta pela pandemia — a Confraria manteve sua essência: encontros informais, mas carregados de significados. A rotina de cada sábado inclui a preparação do churrasco, com revezamento entre os integrantes, discussões sem roteiro fixo e o compromisso tácito de manter viva a amizade e o espírito democrático do grupo.
A comemoração dos 23 anos foi mais do que uma festa. Representou a continuidade de um movimento espontâneo, que soube resistir ao tempo e às adversidades, unindo pessoas de diferentes origens em torno de valores comuns e de uma tradição construída com base na escuta, no respeito e no prazer de compartilhar momentos.
Para a Confraria da Praça Nova, cada sábado não é apenas um reencontro, mas um gesto de resistência cotidiana — uma celebração da amizade, da democracia e da memória dos que já partiram, mas deixaram sua marca nos bancos da praça e no calor das conversas ao redor da churrasqueira.