Crime da ponte: menina ainda estava viva quando foi jogada no Ibirapuitã

A Polícia Civil de Alegrete chegou ao resultado parcial da morte da menina Maria Eduarda Maia Benites,12 anos, que foi jogada da Ponte Borges de Medeiros em 18 de junho passado. 

maria eduarda benites

O delegado Marcelo Pacheco Braga informa que a menina ainda estava com vida quando foi jogada no rio. Conforme ele, Maria Eduarda tinha uma fratura exposta no braço esquerdo, apresentava lesões na região genital e foi colhido material que era semelhante a sêmen e que ainda está em análise.

Imagens do dia do crime mostravam que ela também estava com lesões no rosto.

A causa da morte pode ter sido por hemorragia e posterior afogamento.

Foi feito pedido de exame toxicológico e mais análise de material encontrado na parte íntima, da menina, que foram encaminhados para Porto Alegre, cujo resultadosainda não chegaram.

O Delegado Marcelo Pacheco diz que foi instaurado inquérito para esclarecer dúvidas relativas a este crime que chocou Alegrete e região.  Informou ainda que não está descartada a participação de uma terceira pessoa na morte da pré adolescente.

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As adolescentes envolvidas na morte da menina foram transferidas para Porto Alegre. O juiz do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Alegrete, João Carlos Inácio, decidiu pela manutenção da internação provisória das acusadas, razão pela qual estas foram imediatamente encaminhadas ao Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino de Porto Alegre (CASEF) pelo homicídio qualificado.

O magistrado determinou a internação pelo fato do crime ter sido praticado contra vítima de apenas doze anos e de forma brutal, portanto a permanência em liberdade mostra-se prejudicial.

“Considerou ainda que a participação de adolescente em ato infracional dessa gravidade, cometido com violência e grave ameaça à pessoa, revela caráter desregrado e afrontador aos ditames da sociedade” comentou o magistrado. Foi aceita a representação do Ministério Público contra as duas adolescentes acusadas do crime. O processo tramita em Segredo de Justiça.