
O produtor deverá adotar estratégias cautelosas diante da conjuntura de endividamento agrícola e preços da commodity. As dificuldades de acesso ao crédito devem se refletir no nível tecnológico de implantação das lavouras. O cenário desenhado pela entidade aponta para lavouras normais, outras com menos tecnologia e ainda áreas que ficarão sem plantios. “Vai ter uma variação muito grande, com lavouras de custos altos e outras menores”, resume o presidente da Aprosoja-RS, Ireneu Orth.
A reportagem do PAT conversou com um produtor rural que enfatizou que o plantio da soja terá um caráter diferente esse ano.”Após as cheias que assolaram o Estado, o custo de todo a operação ficou muito alto, vamos ter que investir menos nessa safra, não conseguimos muito crédito, então vai ser bem diferente”, destacou.
Produtor suíço, casado com alegretense, pretende produzir oliveiras e videiras em Alegrete
A variável de custo envolve também a estratégia para a safra. “Tem gente que vai usar de 100 a 300 quilos de adubo por hectare, outros que vão usar adubo foliar, tem gente que teve que jogar calcário e outros, não”, diz. Com base no preço médio da soja atualmente, oscilando entre R$ 130 a R$ 135, o planejamento depende do patamar de financiamento que poderá ser alcançado. Se o produtor tiver mais recursos, pode investir mais e obter ganho maior se os preços reagirem.
Para a safra 2024/2025, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estabelece o período de 1° de outubro a 28 de janeiro de 2025 para a semeadura no Rio Grande do Sul. A portaria SDA/Mapa nº 1.111/24, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 15 de maio, retira a segmentação do plantio por região, adotada pelo sojicultor gaúcho no último ciclo.
Foto: Arquivo Alegrete Tudo