Professor de dança mantém projeto que beneficia meninos e meninas entre 14 e 23 anos. Mesmo diante de todas as dificuldades, Fabrício Augusto Ferreira da Silva, não desistiu do Dançarte.
Este projeto foi criado em 2012 em um programa chamado Mais Educação, na escola Valdemar Borges. Ele teve a duração de um ano e seria extinto em relação a não renovação de contratos e falta de verbas. Porém, o professor não desistiu e mantém desde o ano de 2013 o Dançarte que representa uma mudança muito significativa na vida de muitos jovens. Ele já passou pela Praça da Juventude, alugou espaços em outros locais e atualmente conseguiu uma parceria com a escola E.E.E.B Dr Lauro Dornelles.
Desta forma, três vezes por semana os integrantes do grupo realizam ensaios e participam de aulas de dança que já representou uma grande oportunidade para os adolescentes carentes que têm neste espaço possibilidade de uma atividade lúdica, que transforma vidas, principalmente daqueles que às vezes poderiam estar nas ruas ou promovendo algo ilegal.
Fabrício disse que o projeto abrange a comunidade da Zona Leste e outras regiões. Os alunos têm a oportunidade de conhecerem técnicas contemporâneas, Jazz, ballet clássico e outras danças. Isso auxilia na auto estima do aluno que tem oportunidade de fazer novas amizades, além de mostrar talentos.
Atualmente os recursos financeiros do projeto vêm através do instrutor, alunos e pais que realizam pasteladas, pedágio, rifa e risotos.
O grupo já participou de vários eventos, entre eles a abertura do Miss Alegrete; Feira do livro de Alegrete, Comissão de Frente em escola de samba na cidade de São Francisco; apresentação em Manoel Viana, além de fazer parte do corpo coreográfico da Banda Polivalente no ano de 2017.
Um dos mais significativos eventos no ano passado, o grupo representou Alegrete no Sul em Dança, em Porto Alegre, pelo ministério da cultura no teatro da Fiergs. Foi o único projeto a representar o Município.
Conforme o instrutor alguns alunos antes de conhecerem o projeto, tinham seu tempo disponível, e sem atividades, com auto estima baixa e muitos se isolavam. Com a dança começaram a interagir e destacaram-se nas atividades, descobrindo talentos. Muitos com sonhos e expectativas muito positivas. Como parceiros, eles têm a Escola Lauro Dornelles que cede o espaço adaptado para os dançarinos e o Centro de Atendimento Psicológico CAPS I, Psicóloga Nanda que orienta os alunos.
Instrutor e Criador do Projeto
Fabricio Augusto Ferreira da Silva, alegretense , morador na comunidade bairro Centenário, desde pequeno teve o apoio da famílias e já sabia que a dança seria sua grande paixão e destaque. Com 12 anos já participava de grupos de dança, participava de palestras, campeonatos de dança que tinha no Município. Sempre muito determinado, com orientação de profissionais da dança foi aprendendo o que sabe hoje e no tempo livre procurava se atualizar. Ao participar da oficina de dança, primeira bailarina de Berlim, com Paula Amazonas, diretora Artística do Sul em Dança, foi um dos destaques.
