
Principais ações são voltadas a pessoas jurídicas, para que micro, pequenos e médios empreendedores possam manter os negócios e funcionários.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou através de um vídeo, divulgado na tarde desta quarta-feira (18), medidas econômicas para o enfrentamento de crises em decorrência do coronavírus.
As principais ações serão voltadas a pessoas jurídicas, para que micro, pequenos e médios empreendedores possam manter seus negócios e funcionários, como afirmou o governador.
Será concedida carência de até dois meses no pagamento de prestações de dívidas contraídas pelas empresas junto ao banco. Além disso, empreendedores que já tiverem alcançado o limite de endividamento em relação ao Banrisul poderão ampliar esse limite em até 10%.
Segundo Leite, o banco tem R$ 3 bilhões disponíveis pré-aprovados para pessoa jurídica nessas condições. Já para pessoas físicas, são R$ 11 bilhões disponíveis para empréstimos e um aumento de 10% no limite do Banricompras.
O anúncio foi feito após uma reunião que teve a participação do governador, de secretários da Fazenda e do Planejamento, além de representantes do Banrisul, BRDE e Badesul.
“Não estamos falando em economia para salvar CNPJ, empresas, mas no que toca na vida das pessoas, dos funcionários, empregados, daqueles que vão ter a vida atingida. Parar tudo vai impactar na vida de muita gente e vai afetar empregos. Por isso, fizemos essa reunião e definimos essas primeiras medidas, que poderão e deverão ser ampliadas conforme a necessidade”, explicou o governador.
Na fala, Leite destacou ainda os problemas que os empreendedores do agronegócio enfrentam com a estiagem. “A seca no RS compromete a capacidade de pagamento destes empreendedores e por isso, cerca de R$ 400 milhões de empréstimos concedidos referentes ao custeio de safra e que deveriam ser pagos imediatamente, vão ser alongados para até três anos”.
Atuação em três frentes
De acordo com Eduardo Leite, o governo do estado atuará em três frentes.
A primeira delas é o crédito a ser concedido para empreendedores que vão sofrer as consequências das medidas de combate ao coronavírus.
A segunda é pedir apoio ao governo federal, por causa da forte queda de arrecadação que os estados enfrentarão. “Queremos fazer movimentos maiores a respeito de prazos para o pagamento de obrigações junto ao governo do estado, mas a nossa capacidade é muito limitada. Dependemos do governo federal em diversas questões”, destaca.
A terceira frente seria a assistência social a autônomos e pessoas carentes. “Os mais pobres vão precisar de muito apoio nesse momento que a economia vai se fazer sentir, nessa parada obrigatória em nome da saúde e das questões sanitárias”, finaliza.
O Rio Grande do Sul tem 21 casos confirmados de coronavírus. Nesta quarta, a Prefeitura de Porto Alegre confirmou o primeiro caso de transmissão local da doença no estado, que acontece quando a pessoa infectada não viajou, mas teve contato com alguém que teve a doença.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, este caso de contágio é de uma mulher de 53 anos que é colega de trabalho de um dos casos confirmados de ter adquirido após uma viagem à capital paulista.
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Coronavírus: infográfico mostra principais formas de transmissão — Foto: Infografia/G1
Fonte: G1