‘Ele era o nosso guarda’, diz dono de cachorro que foi queimado vivo

Bud está recebendo atendimento veterinário e aguarda por reabilitação para fazer a cirurgia

cachorro

A tristeza do policial militar aposentado Volmor Santor é perceptível mesmo pelo telefone. Na manhã de quinta-feira(27), o dono do cachorro que foi queimado vivo em Santa Maria estava preocupado e indignado com a situação em que se encontra Bud, seu companheiro.

– Ele era o nosso guarda. Ficava solto no pátio, correndo, brincando… O terreno é bem grande, então ele tinha bastante espaço para ficar. O Bud é meu único cachorro, meu companheiro, e estamos torcendo para que ele consiga se recuperar o mais rápido possível – disse Santos.

Conforme o policial, ele e sete irmãos moram no mesmo terreno, na Rua Ernesto Alves, no bairro Passo D’Areia, local onde atearam fogo ao corpo de Bud, na terça-feira à noite. No dia seguinte, Santos registrou um boletim de ocorrência sobre o caso na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) e diz que a família está disposta a auxiliar nas investigações.

– Eu ligo a toda hora para a clínica onde ele está. Quero saber como ele está. É difícil saber quem foi, mas fico triste em saber que uma pessoa fez isso – afirmou Santos.

Bud está em estado estável aguardando cirurgia

Até a manhã desta quinta-feira, Bud ainda não tinha passado pela cirurgia que irá amputar seu pênis. Como o animal estava copulando no momento em que foi queimado, órgão ficou bastante exposto e não poderá ser recuperado. De acordo com a clínica veterinária que está prestando atendimento ao cão, Beleza Animal, o procedimento pode levar até 15 dias para ser realizado por conta do estado de saúde e da recuperação de Bud.

– Ele amanheceu melhor. A urina já está mais estável também. Fizemos a coleta de pelos para identificar o produto que foi utilizado para atear fogo nele. Ele está começando a querer comer, também. Acreditamos que os analgésicos estão fazendo efeito. Mas ele ainda está muito debilitado e corre riscos, porque não sabemos como ele vai reagir ao tratamento – explica a veterinária Heline D’Ávila.

Clínica precisa de doações

– Ontem, ficamos até umas 22h atendendo o telefone para doações. Muitas pessoas estão nos procurando para ajudar no tratamento do Bud. Recebemos doações de Minas Gerais, Espírito Santo, Pará e até do Canadá. O nosso pedido é para que quem não tiver como fazer doações em dinheiro, mas ainda assim queira ajudar, doe materiais para que façamos os curativos – conta Heline.

Quem quiser ajudar de alguma forma, pode ir até a clínica (Avenida Presidente Vargas, 715), ou depositar o valor na agência 1484-2, conta 300667, Banco do Brasil.

* Colaborou Michelli Taborda

Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA