
Segundo testemunhas, o homem só cessou as agressões porque acreditou que a vítima já estava morta. A mulher perdeu os sentidos devido aos golpes na cabeça e chegou à Santa Casa em estado crítico, sob risco de morte.
A vítima estava separada do agressor havia quase quatro meses e possuía medidas protetivas de urgência. Diante da gravidade do caso, pessoas próximas à vítima procuraram a reportagem do PAT para denunciar a brutalidade do ocorrido. Elas optaram por não se identificar, temendo represálias, mas enfatizaram a necessidade de que esse episódio não seja esquecido.
Durante 14 dias, a mulher permaneceu internada na UTI da Santa Casa, intubada e, na primeira semana, em estado crítico. Posteriormente, foi transferida para um quarto e recebeu alta na última terça-feira. No entanto, enfrenta sequelas severas, incluindo dificuldades para caminhar e falar. O tratamento prolongado inclui sessões de fisioterapia, acompanhamento psicológico, psiquiátrico e fonoterapia.
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Na noite da agressão, o ex-companheiro, que é pedreiro, estava escondido no pátio da residência da vítima. Ela retornava de um evento quando foi atacada. No dia anterior, estava na Campereada, e ele não gostava desses eventos. Mesmo assim, foi até o local e chegou a dizer que ia dar um tiro na cabeça dela. Na mesma noite, a mulher relatou a ameaça aos policiais que estavam no evento, e o homem foi retirado do local. Além da vítima, a filha do casal, de 19 anos, também foi ameaçada de morte.
O filho de 10 anos testemunhou o ataque, vendo a mãe ser espancada com socos na cabeça e batendo contra uma pedra, de forma que deixou seu rosto irreconhecível, completamente desfigurado. Apesar de implorar para que o pai parasse, os pedidos da criança foram ignorados. O impacto emocional da violência afetou os filhos, que permanecem em estado de choque.
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Após o espancamento, o agressor entrou na casa da vítima, lavou as mãos e tentou encontrar algo para queimar seu rosto. Um martelo foi encontrado nas imediações, levantando a hipótese de que poderia ter sido utilizado para um ataque ainda mais letal.
O homem foi preso em flagrante pela Brigada Militar e permanece detido desde então. A brutalidade da agressão e suas consequências evidenciam a importância de que ameaças não sejam ignoradas e que sinais de violência sejam tratados com a devida seriedade.
Diante das necessidades que a vítima terá a partir de agora, a família está realizando uma vakinha para os cuidados mais urgentes. Doações também podem ser feitas via Pix: 03755116014 – Gabriela Teixeira Flores.