
Natural de Uruguaiana, ele assumiu a paróquia em 1º de fevereiro de 2020, com um ano de ministério sacerdotal. Antes disso, realizou seu estágio pastoral na cidade sob a orientação do então pároco, Padre Arthur Frigi, e foi ordenado sacerdote em dezembro de 2018, em cerimônia presidida pelo Bispo Dom José Mário Angonese. Durante sua gestão, enfrentou desafios como a pandemia e destacou momentos significativos, como a bênção especial dada às crianças nas missas dominicais das 19h.
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A despedida do padre ocorreu no último dia 18, com sua última missa celebrada em 16 de março de 2025. Ele segue para uma nova missão em São Borja, onde assumirá a função de Vigário Paroquial da Paróquia São Francisco de Borja e coordenador da Comissão Episcopal para a Liturgia. Em entrevista, reforçou a importância da unidade e da vontade de Deus na vida dos fiéis e agradeceu à comunidade alegretense pela hospitalidade e respeito durante sua permanência na cidade.
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Mesmo com a mudança e os novos compromissos, assim como fez em sua chegada a Alegrete, Padre Pedrinho como era carinhosamente chamado, dedicou um tempo para conceder uma entrevista ao Alegrete Tudo, reafirmando sua gratidão e compromisso com a comunidade.
1) O senhor chegou a Alegrete recém-ordenado. Como foi essa experiência de iniciar seu ministério sacerdotal aqui?
Minha nomeação foi com apenas 9 meses de padre. Mas tomei posse já tendo completado 1 ano de ministério, em fevereiro de 2020. Sendo assim, devido à minha juventude e inexperiência, o início foi marcado pelas dúvidas, mas principalmente pelas esperanças e pelo desejo de cooperar com a evangelização em Alegrete.
2) Quais foram os maiores desafios que enfrentou ao longo desses cinco anos à frente da paróquia? Com certeza o maior desafio foi a pandemia, que desestabilizou muitas áreas da sociedade, dentre elas a Igreja.
3) Há algum momento especial ou marcante que o senhor levará consigo dessa jornada em Alegrete? Com certeza os finais de Missas Dominicais das 19h, quando chamava as crianças para receberem a bênção especial. Saber que ali estão as novas lideranças e perceber que, aos poucos, elas vão se habituando com o sagrado enche o coração de esperança.
4) Como foi a despedida da comunidade alegretense? O que mais sentirá falta?
Para mim e para muitos paroquianos foi um processo natural. Já estava há 5 anos na administração da Paróquia. Outros párocos anteriores ficaram sempre nesse limite de 5 anos. Sentirei falta da hospitalidade, do respeito e do carinho que a comunidade alegretense como um todo (católicos e não católicos) tiveram por mim e pelo meu ministério.
5) De que forma acredita ter contribuído para a fé e o crescimento espiritual da comunidade?
Acredito que por meio da oração diária da manhã, na qual antes de sair do quarto pedia para que fosse feita a vontade de Deus e que Ele me desse discernimento para pensar, falar e proceder com o povo, que não é meu, mas Dele. Com certeza isso contribuiu para o crescimento de todos.
6) O que aprendeu nesse período que acredita que levará para sua nova missão?
A escutar mais. Esse foi um grande desafio, inclusive pessoal.
7) O senhor acompanhou muitos fiéis em momentos de alegria e dor. Como foi essa relação com a comunidade?
Como falei anteriormente, foi uma relação de proximidade, respeito e atenção. E o mais bacana é que foram relações muito naturais, sem precisar forçar a amizade com ninguém.
8) Para onde o senhor está indo agora e qual será seu novo papel dentro da Igreja?
Serei Vigário Paroquial da Paróquia São Francisco de Borja, em São Borja, além de ter a missão de coordenar a Comissão Episcopal para a Liturgia.
9) Que mensagem gostaria de deixar para os fiéis de Alegrete que acompanharam sua trajetória? Repito aquilo que falei na última missa que presidi: sigam firmes na caminhada! Agradeço a Deus pelo dom da vida de cada um, que assumindo seu batismo, se entrega, se envolve, mas principalmente testemunha com alegria a sua fé.
10) Como enxerga sua caminhada sacerdotal daqui para frente? Há algum objetivo ou projeto especial que deseja realizar?
O objetivo é sempre o mesmo: servir ao Senhor Deus com alegria, onde Ele me mandar.