"Em momento algum saí algemado. Eles que nos agrediram", diz goleiro do Brasil-Pel

Já classificado para a Série C do Campeonato Brasileiro e com vaga na final da Série D, o Brasil de Pelotas envolveu-se na noite do último sábado em uma batalha campal no Estádio do Caféem Londrina. Jogadores e comissão técnica do Xavante brigaram com atletas e dirigentes paranaenses e tiveram de passar a madrugada na delegacia de polícia.

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De acordo com o goleiro Eduardo Martini, a confusão foi provocada pelo time do Londrina. Ele relatou que o técnico Rogério Zimmermann, do Brasil, foi cercado e ameaçado quando deixava o gramado após ser expulso no segundo tempo da partida. O cinegrafista da RBS TV Jeferson Kickhofel registrava as cenas e, de acordo com Martini, foi agredido.

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Quando tentaram arrancar o cartão de memória da câmera de Kickhofel, ele abandonou o campo para ajudar o cinegrafista e levou um soco no rosto. Em seguida, diversas pessoas começaram a brigar, e Martini, o zagueiro Fernando Cardozo e o massagista Paulo Sérgio Tatu foram para a delegacia. O goleiro garante que não foi preso. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida por ele a Zero Hora:

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– Você chegou a ser detido em Londrina?
Não. O que aconteceu é que, depois de eu ter apartado a briga – onde tinha um monte de agressores do cinegrafista –, nos levaram à polícia para fazer um Boletim de Ocorrência (BO). Em momento algum saímos algemados. Eles que nos agrediram e acusaram de agressão. Tentaram deturpar os fatos, porque não estavam se classificando para a final (o jogo terminou empatado em 2 a 2 e o Xavante garantiu a vaga). O cinegrafista foi junto para dizer que eu estava defendendo ele.

– Bateram em você?
Eu fui agredido. Levei um soco no rosto. Na hora não consegui identificar quem foi, mas no vídeo (acima) dá para visualizar bem o que aconteceu.

– Quem deu início à confusão?
Quando o Rogério Zimmermann foi expulso, ele estava saindo de campo e tinha um monte de gente não credenciada atrás do gol onde eu fiquei no segundo tempo. Eram roupeiros, equipe de apoio, pessoas que não podiam estar ali. Tentaram segurar o Rogério e agredí-lo, e ele voltou ao campo. O cinegrafista da RBS TV filmou tudo e quando viram isso, foram atrás dele, o agrediram e tentaram tirar a câmera e o cartão de memória. Aí eu tentei ajudá-lo.

– E nisso, você chegou a bater em alguém?
Eu só empurrei um monte de gente, mas não agredi. Foram empurrões para distanciar todo mundo que estava em volta.

– Já tinha passado por algo semelhante na carreira?
Foi a primeira vez, tá louco. Eles tentaram fazer um clima, nos acuar, coagir de tudo quanto é forma. Falaram a semana inteira que seria a batalha do Estádio do Café, deram muitas declarações infelizes que acarretaram esse clima todo. Agora é o Departamento Jurídico do Brasil que resolverá, nós fizemos o que tinha de ser feito.


Martini pegou dois pênaltis contra o Brasiliense e ajudou o Brasil a subir à Série C (Kleber Lima/ Jornal de Brasília)

Fonte: ZH Esportes