
Aos 74 anos, o escultor desenvolveu um banco portátil de aço inoxidável, projetado para atender a uma necessidade pessoal. Derli explicou que, devido à idade, optou por evitar longos períodos em pé, como ao esperar na abertura de bancos no centro da cidade.
O banco portátil é armazenado em uma bolsa feita de lona resistente, que também serve para carregar outros pertences. A invenção foi apresentada com entusiasmo, e o escultor afirmou estar disponível para encomendas. Além disso, compartilhou uma de suas reflexões: “No mundo tem dois tipos de gente: os que fazem e os que criticam”.
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Reconhecido por sua habilidade em trabalhar com diversas matérias-primas, como osso, madeira, aço, ferro, pedra e chifre, Derli mantém uma rotina de produção intensa. Atualmente, ele está desenvolvendo dois projetos: o “Noel Guarani”, uma escultura de oito metros de altura sustentada apenas por um dos pés, e a cabeça de um gaúcho, esculpida em pedra de areia.
O escultor reflete sobre sua trajetória e desafios enfrentados. Aos 12 anos, produziu sua primeira escultura na casa de um vizinho, iniciando uma carreira marcada por domínio técnico e criatividade. Em frente à sua residência, mantém uma inscrição que destaca sua identidade artística: “Morreu há mais de 200 anos, Derli Vieira da Silva – Chapéu Preto –, o escultor que dominava como ninguém as várias matérias-primas que existem”.
Sobre sua vida em Alegrete, Derli afirmou viver de sua aposentadoria e comentou que acredita que poderia contribuir ainda mais para a cidade. Apesar das adversidades, segue fiel ao seu trabalho, descrito por ele como incansável.