A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) alertou sobre os desafios enfrentados pelo cultivo de arroz no estado devido ao excesso de chuvas.
No último dia 10 de dezembro de 2024, a entidade informou que 31% da área prevista para plantio na região central ainda não foi plantada. A situação pode resultar em uma redução da área plantada nesta safra. A declaração foi divulgada em 11 de dezembro de 2024.
Alexandre Velho, presidente da Federarroz, manifestou preocupação com os efeitos das enchentes. Após dois anos de seca, as chuvas impactaram o cultivo de arroz e soja. Velho afirmou que há indícios de que o custo de produção aumentará devido à necessidade de recuperação estrutural das propriedades. Ele também mencionou a falta de apoio governamental efetivo aos pequenos produtores afetados.
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A Federarroz destacou que a pouca luminosidade, causada pelas chuvas frequentes, é um fator que pode interferir no plantio. Segundo o Instituto Riograndense de Arroz (Irga), até 5 de dezembro de 2024, faltava plantar 5% da área total prevista para o estado, o equivalente a 40 mil hectares na região central.
Velho afirmou que os problemas persistem e há possibilidade de que a previsão de 948 mil hectares plantados, anunciada pelo Irga, não se concretize.
Na região da Fronteira Oeste, o atraso no manejo das lavouras é motivo de preocupação. Gustavo Thompson Flores, presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, informou que, embora 100% das áreas estejam plantadas na região, as chuvas têm dificultado a aplicação de herbicidas e ureia.
Flores avaliou que a previsão de uma supersafra é improvável de se concretizar devido às condições climáticas.