
A medida está em estudo pelo governo federal e é vista pelo presidente da Associação dos Produtores Rurais do Rio Grande do Sul (Aprosoja), Ireneu Orth, como de pouca efetividade para alívio nos preços dos alimentos.
A notícia de que o governo federal estuda a medida foi publicada no jornal Folha de São Paulo e inclui produtos como óleo de soja – o mais consumido pela população brasileira –, milho e canola, entre outros. O governo federal também estaria avaliando a possibilidade de zerar o imposto de importação do trigo, de 9%, com o objetivo de reduzir os preços dos alimentos.
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Para o analista de mercados da consultoria Safra & Mercados, Élcio Bento, essa isenção também teria pouco efeito prático no bolso e no orçamento doméstico dos consumidores. Bento considera a notícia estranha, uma vez que o Brasil já tem em vigor uma lei que libera a compra do cereal, sem taxa, para até 750 mil toneladas por ano.

Bento acrescenta que mesmo a isenção de impostos sobre o trigo de outras origens que não dos países do Mercosul não seria uma medida suficiente para tornar o preço do cereal de países mais cabível no bolso dos consumidores.
“A primeira opção para isso é utilizar o trigo nacional, o gaúcho, principalmente porque o Rio Grande do Sul produz mais do que consome”, finaliza. Além disso, a quebra na safra de alguns produtos essenciais fez com que a matéria prima ficasse mais escassa e com isso o valor acaba por subir.
Fonte: Aprosoja e Correio do Povo