Historiador destaca importância do Clube União Operária como espaço de resistência negra em Alegrete

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) do IFFar - Campus Alegrete, em parceria com o Clube União Operária de Alegrete, promoveram uma palestra intitulada "Associativismo negro em Alegrete e a atuação da União Operária como um clube social negro: resistência, direitos e cidadania".

O evento foi realizado no hall de entrada do clube e aberto à comunidade, sob coordenação do Historiador e Coordenador do NEABI, Márcio Jesus Ferreira Sônego.

Durante sua fala, Márcio Sônego destacou a relevância do Clube União Operária como um espaço de resistência, organização e protagonismo das famílias negras de Alegrete. Mais do que um clube social, a entidade se consolidou ao longo da história como um local de luta por direitos, cidadania e fortalecimento cultural da população afrodescendente, ponderou o palestrante.

Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp

A ação reforçou o compromisso do IFFar com a extensão e a comunidade, promovendo reflexões sobre identidade, pertencimento e direitos. A parceria entre o NEABI e o Clube União Operária segue fortalecendo o diálogo e a valorização da história e cultura negra, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A União Operária foi fundada em 25 de abril de 1925 no Teatro Rio Branco, Praça XV de Novembro (atualmente Centro Administrativo Integrado Renato Mendes Jacques, na praça Getúlio Vargas). Em 1927, a União adquiriu seu espaço próprio à Rua Vinte de Setembro, 241. O prédio da sede, que existe até hoje, começou a ser construído em 1955.

Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp

Em seus primeiros anos, a União Operária foi uma entidade pluriclassista, sindical, de mútuo socorro (mutualista) e de assistência. A entidade foi fundada por trabalhadores de variados ofícios, incluindo artesãos (sapateiros, ferreiros, marceneiros), servidores públicos, comerciantes, vendedores de lenha, aguadeiros, lavadeiras e empregadas domésticas. Após a década de 1950, adotou o complemento “Primeiro de Maio”.

Fotos: IFFar/Alegrete

Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigas
O mais novo Mais Votados
Comentários em linha
Exibir todos os comentários