
Hoje é dia “Daquele(a)” que sempre irá te entender e não julgar,
“Daquele(a)” que sempre terá como te confortar, seja por palavras, ou abraços,
“Daquele(a)” que com certeza você pode confiar teus melhores e piores segredos,
“Daquele(a)” que não precisa nunca te envergonhar… descreveu a psicóloga Thaís Campos da Cunha Severo.
Em uma sociedade cada vez mais acelerada e repleta de incertezas em diversas esferas, muitas pessoas sofrem e adoecem em decorrência de problemas psíquicos, principalmente diante de um contexto que agravou muito algumas questões emocionais, em razão da pandemia. Quadros depressivos, de ansiedade e síndrome de burnout estão entre os transtornos que exigem mais atenção de um psicólogo.
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Todavia, não é preciso, nem recomendável, procurar um psicólogo apenas quando a situação estiver ruim. Quem deseja lidar melhor com seu dia a dia (seja no âmbito pessoal, seja no profissional) e se compreender melhor, também pode buscar a orientação desses profissionais para acompanhar questões que estejam causando alguma aflição.
A psicóloga Thais Campos da Cunha Severo destacou:
Hoje talvez tenhamos mais noção da importância do profissional de psicologia, e também da psiquiatria. Em meio a essa “loucura” que vivemos com a pandemia, o medo tomando conta das pessoas, a insegurança sobre um vírus que não para de mutar, mudando assim sintomas e alertas a respeito dele. Famílias dizimadas, toda nossa vida alterada, trabalhando em casa, filhos sem ir para escola, jovens sem poder se juntar em festas e nem mesmo locais públicos, famílias separadas, idosos para um lado, jovens para outro, sem poderem se visitar.
O pânico tomou conta de muitas famílias, e muitas pessoas começaram apresentar sintomas de ansiedade. O desconhecimento de tais sintomas prejudicou as pessoas de entenderem que o que estavam sentindo era patológico e poderia piorar com a desatenção e o tempo corrido.
E isso aconteceu. Crises inicialmente leves de ansiedade foram se agravando, muitos surtos de pânico, e então de fato a doença se instalando e começando a fazer parte de muitas famílias. Segundo pesquisas, a saúde mental do brasileiro na pandemia teve uma piora de 53%, ou seja, sou capaz de dizer que acredito que hoje pelo menos uma pessoa em cada família tenha apresentado algum sintoma de ansiedade. Quando digo isso não quero dizer que todas famílias tem transtorno de ansiedade, mas sim que com certeza com o clima da pandemia algum integrante da família sentiu algum sintoma de ansiedade e medo.
No consultório foi possível identificar que a procura por psicoterapia para tratar as crises de ansiedade e de pânico foram as mais recorrentes, ocasionando aumento significativo na demanda nos consultórios, pois conversando com colegas de profissão e psiquiatras todos dizem o mesmo:
– Agendas superlotadas.
É importante que as pessoas procurem nossa ajuda assim que perceberem que os sintomas que estão sentindo começaram atrapalhar nas atividades do dia a dia, na sua rotina, na vida pessoal, na vida social, nos relacionamentos e na execução das suas tarefas cotidianas. Pois nesse momento já é considerado uma patologia e não só um momento de nervosismo ou crise. Tratando desde cedo é possível estabelecer um plano de tratamento que consiga o mais breve possível a diminuição dos efeitos dos sintomas, até a própria remissão deles, já quanto mais tardio a procura por ajuda, mais os sintomas se acentuam agravando o quadro do paciente.
Então, não esqueçam que nós psicólogos estamos sempre prontos para acolher com maior cuidado e carinho todas as suas queixas e dores. Somos “aqueles(as)”…
Dia do Psicólogo – 27 de agosto.