Homem causa tumulto na Carris, fere rodoviário e é agredido por manifestantes

Brigada Militar teve de intervir para apartar a briga

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Um homem causou tumulto na sede da Carris durante o protesto de rodoviários contra a Lei de Terceirizações, na manhã de quarta-feira(15), em Porto Alegre. Um rodoviário acabou ferido, e o homem foi agredido pelos manifestantes.

O homem, identificado como João Carlos Fabrin, 47 anos, chegou ao local por volta das 7h30min, pilotando uma motocicleta. Ele deu voltas com o veículo perto dos manifestantes e estacionou a moto em frente à Carris.

Após deixar o veículo, Fabrin atirou o capacete no chão, colocou uma garrafa pet de leite em frente ao protesto, tirou o casaco e sacou uma chaira (objeto usado para afiar facas). Riscando o chão com o objeto, ele começou a provocar os manifestantes.

 

Os rodoviários correram atrás do homem e iniciou-se um tumulto. Durante a confusão, Fabrin feriu um rodoviário na cabeça com a chaira e foi agredido por manifestantes. Ele levou chutes e pontapés.



A BM interveio e apartou a briga. Caído no chão, Fabrin disse coisas desconexas, como “leite puro” e “foi necessário”. O homem foi detido e levado ao Palácio da Polícia em uma viatura. Já a motocicleta dele, que tem placas de Viamão, ficou no local. Conforme a polícia, ele sofre de problemas psíquicos.

O rodoviário ferido por Fabrin, André Mosena, foi socorrido pelos colegas. Ele é motorista da linha T7.

Segundo o integrante do Movimento Vamos à Luta Vinicius Eckert, que participava do protesto, o homem “chamou os manifestantes para a briga”. Ele acredita que a BM demorou para intervir na situação.

O tenente-coronel Carlos Souto afirmou que a ação da BM não foi tardia. Ele relatou que os policiais aguardaram ter certeza de que o homem não participava da manifestação.

— No momento em que ele puxou a chaira, houve a intervenção — disse.

Horas depois de ser levado pela polícia, Fabrin retornou ao local da confusão. Com a camisa ensanguentada, ele parou ao lado de sua moto e levantou os braços para os manifestantes, que o ignoraram. Ele deixou o veículo ao lado de um restaurante e foi embora. Não houve tumulto.

Fontye: Zero Hora, com informações da Rádio Gaúcha