Horas extras da Brigada Militar são cortadas

A redução de 40% nas horas extras da Brigada Militar, tem por objetivo suprir a defasagem policial no Estado, a medida foi oficializada na última terça-feira (20). A economia prevista nas contas do Rio Grande do Sul é de R$ 12 milhões em seis meses no período estabelecido pelo decreto de redução de gastos implementado pelo governador José Ivo Sartori (PMDB)

A assinatura da medida que restringe gasto desde o dia 2 de janeiro, em relação as horas extras de policiais militares estavam limitadas a 60% dos gastos do primeiro semestre de 2014 — medida polêmica em função do receio de redução de policiais nas ruas. Porém, segundo o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Moacyr Stocker dos Santos, as horas adicionais não vinham sendo aplicadas desde então.

a pm rua lá

Agora, a redistribuição dos horários foi definida em reunião na noite de segunda-feira (19) entre o Comando Geral e os Comandos Regionais da corporação. Stocker garante que, apesar do corte, o policiamento não será afetado.

“Em momento algum se mexe no policiamento normal da cidade. O policiamento de rua permanece 100% inalterado. O que pode ocorrer é alguma redução na excepcionalidade” afirma o Coronel.  Em Alegrete o responsável pelo comando geral da BM, Tenente Rigol lamenta a medida uma vez que as horas extras compensavam alguns postos de trabalho. O policiamento extra em eventos e operações policiais ficará restrito. “estamos numa defasagem em que precisaríamos de 160 homens e temos apenas 80”, exemplifica o policial.

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No QG da BM o corte nas horas já mudou a rotina de muitos brigadianos. Numa seção onde trabalhavam três hás apenas um.  “Alguns estão acumulando funções” comenta o comandante. O efetivo reduzido mas o policiamento será mantido nos serviços essenciais. Para o Tenente eventos como o Efipan ficaram com número reduzido de policiais em determinação da medida de cortes de gastos. A Campereada outro evento que pode ter número reduzido de policiais. A preocupação com a população que vai ter o maior prejuízo com a falta de efetivo. Depois, vem o brigadiano, a quem faltará um colega do lado e por aí se somam os pontos negativos da medida do novo Governo.

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Em relação as horas extras em Alegrete a média era de 600hs, além das 40hs semanais. O efetivo agora sofrerá um ajuste na escala semanal. “hoje um ficará como telefonista, amanhã estará nas ruas” explica o comandante. Sobre a queda nos salários o comandante vê esse enxugamento com certa preocupação, em relação aos itos “bicos” acha que não ocorrerá uma vez que isto é proibido por lei mas entende que o trabalhador será afetado com os cortes das horas extras.

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Com a nova medida, é praticamente inevitável não haver redução de PMs nas ruas. De acordo com a Fazenda, nos próximos dias, técnicos do Tesouro e membros da Segurança Pública vão se reunir para discutir o que o governo chama de “possibilidade de flexibilização” nas horas extras.