
O Rio Ibirapuitã saiu do extremo de uma estiagem em que registrou a maior baixa dos últimos cinco anos, com o nível em 84 centímetros para 7,50m acima do nível normal. Em 48h a suba das águas foi de 6,5m, atingindo a cota de 7,53m nas réguas da CPRM, entrando em nível de atenção.
Segundo Franco Turco Buffon, pesquisador em Geociências e Engenheiro Hidrológo do Serviço Geológico do Brasil – CPRM., em 2020, o Rio Ibirapuitã em Alegrete atingiu seu nível mínimo, no dia 10 de março.
A Defesa Civil do Município mantém o monitoramento nas áreas de riscos, principalmente nos locais que são os primeiros a registrarem invasão das águas nas residências, como bairro Vila Nova, Santo Antônio e Restinga.
Franco acrescentou que o Rio subiu muito e rápido, e deve subir ainda mais. O que pode-se associar à preocupação da coordenadora da DC, Maysa Moreira, quanto à possibilidade de enchente se a suba permancer como nas últimas horas. Entretanto, ela destacou que nesta manhã a elevação foi mais lenta.
Segundo o profissional, esses dados são pela régua da CPRM, que é a oficial no sistema da Agência Nacional de Águas (ANA). O CEMADEN tem um equipamento semelhante instalado na ponte, porém, ele possui outra referência de altitude. A leitura de nível do equipamento sempre irá apresentar uma diferença para o CPRM.
De acordo com a Maysa, até o momento, a Defesa Civil não recebeu chamados de auxílio. Ela acrescenta que a partir de 8m e 54cm as primeiras casas são atingidas. Porém, com 8m já inicia a retirada por prevenção.
A Defesa Civil está aferindo o nível do Rio por um equipamento que é o mesmo da ANA, contudo, é feito uma diminuição de 1,30m. Por esse motivo, há uma diferença entre os dados relacionados às aferições.
Franco explicou que a régua colocada no pilar da ponte férrea também tem essa diferença entre os equipamentos. Mas destaca que o sistema da CPRM recebe manutenção rotineiramente, enquanto as do CEMADEN não.
Os telefones da Defesa para ocorrências são: 3961 1606 ou 99147 7276.