
No município de Alegrete, numa das maiores áreas de plantação de arroz do RS, foram registradas varas de javalis compostas de até 40 indivíduos, que atacam plantações e “lavram” a grama para comer raízes e tubérculos, tirando o alimento dos bovinos. Uma lavoura localizada no Pai-Passo foi atacada pelos animais e já causa prejuízo ao produtor.
Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp

O agricultor João Pacheco, relata que o estrago é grande. Ele já teve três terneiros mortos pelos javalis e prejuízos na lavoura. Pacheco fala da burocracia no controle do javali, e comenta que lavouras de arroz, soja e milho e na pecuária, os ataques continuam. “A proliferação é impressionante, é urgente uma legislação que ampare o produtor no controle desses animais”, pontua o produtor que na semana passada chegou no seu estabelecimento e flagrou mais de seis javalis no meio do gado e das ovelhas.
Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp




O técnico do Irga Nilton Oliveira, diz que além do Pai-Passo, a região do Caverá também teve prejuízo com a ação dos javaporcos. “Eles multiplicam-se rápido. A gestação de uma fêmea de javali dura, aproximadamente, quatro meses e suas ninhadas médias são de 10 filhotes mas podem chegar a impressionantes 25 crias de uma vez”, destaca.
Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp




A expansão da população da espécie no Rio Grande do Sul e em território nacional é um problema que vem caminhando com o tempo, sem uma solução efetiva. E, a ausência de predadores naturais faz com que os prejuízos econômicos ultrapassem as cercas das propriedades rurais, com danos significativos às lavouras e criações. Além disso, o animal exótico representa um alto risco sanitário e uma ameaça permanente à manutenção da fauna nativa.
“Eles costumam ficar onde tem muito mato nas fazendas e em seu entorno. E circulam, não obedecem limites ou cercas. Saem em grupo, normalmente à noite. Durante o dia é muito raro encontrá-los e quando escutam barulho ou o ser humano se aproximando, fogem”- acrescenta o técnico.
Fotos: João Pacheco