
“Nada é mais envolvente em Alegrete do que a poesia. Mas, a maioria dos poetas cumpre missões literárias transitórias. Muitos devem lembrar Hélio Ricciardi, nos anos 70, indagando se a turma do José Airam iria perseverar”.
Assim foi o lançamento do livro de José Airam Baialardi Vasconcelos, no último dia 8, na presença de amigos e amantes da arte literária, quando ele entregou e autografou seu livro.
Ele diz que que na obra estão poetas verdadeiros, aqueles que não se assustam com o que fizeram nos invernos da adolescência. -Lançar um livro com escritos de tempos idos é uma atitude de quem respeita o que já foi- registra Airam.

Mesmo que, ao juntar os poemas, reúna-se o que às vezes parece não fazer mais sentido, considera o autor.
Com José Airam, a obra tem o clássico poeta do pós-simbolismo, que é lírico sem ser derramado e é militante sem ser panfletário.

Estão aí o jovem Jaivas dos anos 70, relata o autor, (com um pseudônimo escondia nossas inseguranças) e o José Airam da maturidade. O cara que nos ilude quando sugere que está fazendo versos e na verdade faz prosa, e vice-versa.
Na obra está o José Airam das muitas ruas, das bandas (de rock e de colégio), da resistência estudantil, de perdas e perdições. Por isso esse é um livro de memórias e de nomes, confirma o autor . Conheço muitos dos nomes que estão aqui, convivi com eles, alguns de corpo presente, outros de alma presente.

Este é, na essência, um livro de nomes. Que seja distribuído nas livrarias, nas feiras e também nas escolas como merenda farta de letras, palavras, cheiros e memórias.



