A depressão é uma das doenças que mais afeta adultos neste século. Porém, o número de casos em crianças e adolescentes também vem crescendo – dizem os médicos.
Uma doença silenciosa que acomete milhões de pessoas no mundo todo. As causas são variadas e o importante é a família ou amigos ficarem atentos aos sintomas que incluem desesperança, isolamento, pensamentos de morte, dentre outros. O extremo que leva o comportamento de um depressivo é o suicídio.
A psicóloga Tais da Cunha Severo, em entrevista ao PAT, disse que a depressão é silenciosa e, às vezes, o paciente consegue disfarçar bem. Uma das causas atribuídas é a falta de comunicação na família.
Outro dado muito importante foi a entrevista realizada com a psiquiatra Dra Luciana Mesko. A médica falou que o assunto deve ser abordado e colocado em pauta muitas e muitas vezes, ao contrário do que se apregoava de que não deveria fazer debates e expôr a situação, ela defende a ideia de cada vez mais debater o assunto.
Cris Daiane Pires, que faz tratamento há muitos anos fez um post falando do assunto e gerou um saudável debate. Cris, disse à reportagem que fez um desabafo para mostrar que a doença existe e que é preciso mais atenção. Ainda há muito preconceito relacionado ao assunto, uma parte considerável da população não entende o que uma pessoa depressiva passa. O fato de sorrir, um dia fazer uma foto legal, não quer dizer que o problema desapareceu.
É realmente necessário que as pessoas tenham um olhar mais sensível para a doença.” – falou.
Acompanhe o post da alegretense.
“Eu com depressão/ eu também com depressão.”
As duas fotos foram no mesmo dia. Porém, a segunda depois de 5 horas, sendo que quatro chorando.
Ela(depressão) nunca vai embora de vez, só se camufla. Ter depressão não é bonito.
Dormir mais de 12 horas por dia ou não dormir sequer 2 h não é confortável. Não ter capacidade para fazer aquilo que você mais gosta não é legal. Sentir incapaz, olhar no espelho e não se reconhecer é terrível, ter maus pensamentos e simplesmente desejar não mais viver é mais terrível ainda.
Durante a descrição, Cris, fala sobre as pessoas que não conseguem compreender, falta paciência e conhecimento.
Sofrer com a distância de pessoas que não quiseram parar um dia em sua vida, porque a sua vida estava parada e viver trancado dentro de si é viver em meio às sombras. Tomar remédios e mais remédios não é legal.
Eu tenho as crises de depressão/ansiedade porque quero ? Não! Eu posso programar ou saber o dia em que terei alguma crise? Também não.
A depressão chega sem querer, eu não chamo por ela e nem desejo ter. Começa “fraca”, mas tão fraca que eu finjo não me importar e penso que já vai passar, penso que sou forte o suficiente para dominá-la e, em menos de alguns minutos tudo parece desmoronar. Você não controla os pensamentos, bate o desespero, a tristeza. Neste momento, fisicamente eu perco o controle, da tremedeira, a mão começa a travar, tudo começa a formigar, sinto que meu coração vai explodir , vontade de vomitar e falta de ar. Nesses instantes eu sinto que vou morrer e quer saber!? Nesses momentos eu desejo morrer.
Não porque sou ingrata, não porque faço “drama”, mas a impressão é que tudo vai passar só se morrer. O pior é saber que para muitos isso tudo não passa de um “draminha”.
Às pessoas próximas: Observe, ouça, acolha sem julgamento e principalmente, o ajude à buscar ajuda profissional… Depressão tem tratamento, eu faço, mas a hipocrisia da sociedade afasta o paciente dele.
Depressão não é frescura!!! ” – finalizou.
Flaviane Antolini Favero
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